Venezuela recebe mais de 1 milhão de doses de vacina cubana contra a Covid-19

Diário Carioca

Caracas, 7 nov (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou neste domingo que o país havia recebido 1,6 milhão de doses da vacina cubana contra a covid-19 Abdala, depois de ter sido aprovada em julho para uso em emergências pelo Centro de Controle Estatal de Medicamentos de Cuba (CECMED).

“Hoje chegaram de Cuba 1,6 milhão (de doses) de vacinas Abdala”, declarou o presidente em um discurso transmitido no canal de televisão estatal “VTV”.

Maduro garantiu que a Venezuela atingiu 70% da população vacinada, sem especificar se a porcentagem se refere àqueles inoculados com as duas injeções necessárias para considerar uma pessoa imunizada, ou apenas com a primeira dose.

“Até 30 de novembro temos que atingir a meta de 80% da população vacinada, e a meta que estimamos para 31 de dezembro é atingir 90% da população vacinada”, detalhou.

O chefe de Estado também anunciou que a partir de amanhã começará o processo de inoculação para crianças com mais de dois anos, embora não tenha dado detalhes sobre qual droga os menores receberão.

Em 21 de outubro, a vice-presidente executiva Delcy Rodríguez, após uma reunião com o primeiro vice-ministro cubano, Ricardo Cabrisas, e representantes da BioCubaFarma, garantiu que a Venezuela produzirá a vacina Abdala. Porém, até o momento, não houve qualquer informação sobre o começo das atividades.

Na ocasião, Rodríguez também informou que a nação caribenha receberá 12 milhões de doses de Abdala e Soberana II durante o restante do ano. No entanto, a Sociedade Venezuelana de Doenças Infecciosas (SVI) rejeitou dias depois o uso desses dois imunizantes cubanos por ainda ser necessário “apoio técnico e científico suficientes”. Por isso, não recomendam o uso em adultos e crianças até que haja “maior peso científico para seu uso fora do campo experimental”.

O processo de vacinação contra a covid-19 na Venezuela foi acelerado no último mês com a chegada de vários lotes da Sputnik V, de CoronaVac e do imunizante do laboratório chinês Sinopharm. EFE

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