Caracas, 21 out (EFE).- A Venezuela receberá 16 milhões de doses da vacina cubana Abdala antes do final de 2021, disse o presidente Nicolas Maduro nesta quinta-feira, após se reunir com o vice-primeiro ministro de Cuba, Ricardo Cabrisas.
“Nos próximos dias vamos receber 16 milhões de doses, daqui até dezembro, da vacina Abdala”, afirmou Maduro em um comunicado após reunião com Cabrisas.
Durante o encontro, segundo o próprio presidente venezuelano, eles passaram “muito tempo analisando os resultados extraordinários das vacinas cubanas”, enquanto parabenizavam Cuba por ser “o único país do terceiro mundo (…) que, com sua ciência, conhecimento e instituições científicas produziu uma vacina contra o coronavírus”.
Em 3 de outubro, a Venezuela recebeu um primeiro lote de 900 mil doses da Abdala, que foi autorizada para uso emergencial em julho pelo Centro para o Controle Estatal de Medicamentos cubano (CECMED).
Sobre o progresso da vacinação na Venezuela, Maduro afirmou que 56% da população do país já foi vacinada, embora não tenha especificado se este percentual inclui aqueles que receberam o esquema vacinal completo ou apenas a primeira dose.
Ele também explicou que espera alcançar a meta de 70% da população vacinada até 31 de outubro, embora, novamente, não tenha especificado se isso inclui aqueles que receberam ambas as doses ou apenas a primeira.
Por fim, Maduro disse que na próxima segunda-feira começarão a ser vacinados jovens maiores de 12 anos, embora, neste caso, ele não tenha dado detalhes sobre qual vacina será usada.
O processo de vacinação na Venezuela foi acelerado no último mês com a chegada de vários lotes do imunizante russo Sputnik, além dos das farmacêuticas chinesas Sinovac – através do mecanismo Covax – e Sinopharm.
Diante desta situação, Maduro declarou que tem “o sonho de começar, muito em breve, a (vacinar) crianças maiores de três anos”.
“Temos o objetivo (…) de ter 95% da população vacinada até 31 de dezembro e de ter gerado o nível máximo da chamada imunidade de rebanho”, disse.
Maduro falou ainda sobre o anúncio feito horas antes pelo vice-presidente venezuelana, Delcy Rodríguez, de que o país sul-americano também vai produzir a Abdala.
De acordo com ele, “já foram tomadas providências para começar a produzir esta vacina na Venezuela em janeiro”.
Esta produção será feita “em uma fábrica pública” que ele não revelou, mas que “está funcionando muito bem e está preparando suas condições para iniciar a produção”.
Assim como Rodríguez, Maduro não esclareceu quantas doses serão produzidas na Venezuela, porque este assunto “está em fase de planejamento”. EFE