Vulcão espanhol mantém atividade incessante após 40 dias de erupção

Diário Carioca

Santa Cruz de La Palma (Espanha), 29 out (EFE).- O vulcão localizado no parque Cumbre Vieja, na ilha de La Palma, na Espanha, mantém a incessante atividade iniciada em 19 de setembro, embora apresente estabilidade nos parâmetros de abalos sísmicos e emissões de gases.

A chefe da rede de Vigilância Vulcânica do Instituto Geográfico Nacional da Espanha, Carmen López, admitiu que a atividade eruptiva “não dá sinais de mudança”.

Já a atividade sísmica segue intensa, como já vem sendo registrado há alguns dias, com a maioria dos terremotos ocorrendo a mais de 20 quilômetros de profundidade.

Em 40 dias de erupção, o vulcão mostrou-se o mais devastador de todos que entraram em atividade na ilha de La Palma, que teve 900 hectares de superfície coberta pela lava. A estimativa é que tenham sido emitidos entre 50 milhões e 100 milhões de metros cúbicos de piroclastos e magma.

Nas últimas horas, surgiu uma preocupação especial com o avanço de uma das correntes de lava, denominada Número 3, que pode ameaçar a rodovia de acesso à localidade turística de Porto Naos, cuja área urbana, por outro lado, não corre risco de ser atingida.

As autoridades locais montaram um sistema semafórico para informar a população sobre as condições do ar e também sobre as recomendações das autoridades sobre medidas de seguranças relacionadas à situação do vulcão.

A coluna de gases e cinzas emitidas pelo vulcão chegam a 3,3 mil metros de altura, e o lançamento de dióxido de enxofre na atmosfera, pelo quinto dia seguido, segue em tendência de alta, com mais de 15 mil toneladas diárias.

Apesar da expectativa pela presença de um grande número de visitantes em La Palma neste fim de semana, a maioria para ver o fenômeno, a região tem sofrido um forte impacto econômico, já que o turismo é a principal atividade da ilha.

O setor representa mais de 20% do Produto Interno Bruto (PIB) de La Palma, que é uma das ilhas Canárias. A ocupação hoteleira, por exemplo, caiu de 70% para 40% desde o início da erupção, o que fez com que empresários pedissem apoio do governo espanhol. EFE

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