A Polícia Federal detalhou a participação de Jean Hernani Vilela, assessor da deputada Carla Zambelli (PL-SP), na disseminação de notícias falsas sobre urnas eletrônicas, como parte de uma estratégia para questionar a legitimidade do processo eleitoral.
A Operação Tempus Veritatis investiga tentativas de golpe lideradas por aliados de Jair Bolsonaro.
O que você precisa saber:
- Assessor de Zambelli, Jean Hernani Vilela, teve papel crucial na divulgação de vídeo com informações enganosas sobre urnas eletrônicas.
- Estratégia visava minar confiança no resultado eleitoral após derrota de Bolsonaro.
- Operação Tempus Veritatis revela ação coordenada para desestabilizar o sistema eleitoral.
Desdobramento da investigação: A PF aponta que Hernani disponibilizou o vídeo em um sistema de compartilhamento de arquivos, contando com a colaboração de Tércio Arnaud Tomaz, vinculado ao “Gabinete do Ódio”. A ação, segundo a polícia, fazia parte de uma estratégia coordenada para criar condições favoráveis a um golpe.
Histórico de Hernani: Jean Hernani Vilela já estava relacionado a investigações anteriores sobre ataques às instituições democráticas, incluindo transações financeiras com Walter Delgatti Neto. Suspeita-se de participação em fabricar um mandado falso de prisão e buscar vulnerabilidades nos sistemas do TSE, resultando em busca e apreensão.
Defesa de Zambelli: A defesa de Carla Zambelli destacou que Hernani começou a trabalhar em seu gabinete em 2023 e alega desconhecimento dos eventos de 2022. No entanto, registros indicam serviços prestados por uma empresa associada a Hernani para Zambelli em 2022, e sua esposa foi contratada pela deputada.
Histórico de Hernani: Antes de se tornar assessor de Zambelli, Hernani trabalhou na liderança do governo Bolsonaro na Câmara dos Deputados. Em agosto, admitiu à CNN ter transferido dinheiro para Walter Delgatti, mas negou que fosse verba da Câmara.