A Procuradoria-Geral da República (PGR) formalizou uma denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
A vice-procuradora-geral da República interina, Ana Borges, assinou o documento, acusando Gayer de injúria contra o presidente Lula e de racismo contra o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida.
As declarações polêmicas foram proferidas em um podcast, onde o parlamentar sugeriu que africanos não têm “capacidade cognitiva” em uma democracia.
As informações são do jornal O Globo
“O Brasil está emburrecido. Aí você pega e dá um título de eleitor para um monte de gente emburrecida. Aí você vai ver na África: quase todos os países são ditaduras. Quase tudo lá é ditadura. Democracia não prospera na África. Por quê? Para você ter democracia, é preciso ter o mínimo de capacidade cognitiva para entender o bom e o ruim, o certo e o errado. Tentaram fazer democracia na África várias vezes. O que acontece? Um ditador toma tudo e o povo. O Brasil está desse jeito. O Lula chegou à presidência e o povo burro: ‘êeee, picanha, cerveja!'”, disse Gayer em sua participação.
Declarações polêmicas e acusações da PGR
- Gustavo Gayer vinculou africanos à falta de “capacidade cognitiva” em uma democracia.
- Deputado estimulou “discriminação e preconceito de raça, cor e procedência nacional”, segundo a PGR.
Denúncia das deputadas do PSOL e outros envolvidos
As deputadas federais do PSOL, Erika Hilton, Luciene Cavalcante, Célia Xakriabá e Talíria Petrone, foram responsáveis pelas denúncias contra Gustavo Gayer. O apresentador do podcast, Rodrigo Arantes, também foi denunciado por racismo.
A PGR alega que eles “praticaram, induziram e incitaram a discriminação e o preconceito de raça, cor e procedência nacional contra todo o povo africano”.
O caso ganha destaque, envolvendo cerca de 14.000 visualizações do podcast, onde ideias racistas foram disseminadas, inferiorizando e desumanizando negros e afrodescendentes ao compará-los a macacos