Um grupo de deputados bolsonaristas participou na última terça-feira (9) do evento denominado “Brasil: a repressão de Lula ao Estado de Direito”, realizado em Bruxelas, na Bélgica. A reunião foi impulsionada pelas críticas do bilionário proprietário do X (antigo Twitter), Elon Musk, ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com denúncias de “censura” e “perseguição política” sofrida pela direita no País.
O que você precisa saber
- Evento em Bruxelas reuniu deputados bolsonaristas para discutir a situação política no Brasil.
- Objetivo é discutir a “tendência à repressão total” do presidente Lula da Silva e do ministro do STF.
- Grupo visa defender a democracia e liberdade de expressão no Brasil, denunciando a suposta realidade autoritária.
Posicionamento dos Participantes
Segundo Herman Tertsch, membro do Parlamento Europeu e presidente do grupo conservador ECR (conservadores e reformistas europeus), que promove o evento, o objetivo é discutir a “tendência à repressão total” do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ministro do STF. Estiveram presentes no evento os deputados Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanatta (PL-SC), Gustavo Gayer (PL-GO), Coronel Ulysses (União-AC), e Marcel Van Hattem (Novo-RS).
Segundo Tertsch, o evento visa a “defesa da democracia e da liberdade de expressão no Brasil, que estão seriamente ameaçadas”, e servirá para “denunciar” a realidade “autoritária” do Brasil, com supostos “ataques” feitos pelo ministro Moraes, apoiados por líderes europeus.
Contexto Internacional
Esta é a segunda vez em que a oposição viaja para fora do país para denunciar Moraes e a atuação do STF. Em março, bolsonaristas estiveram em Washington, nos Estados Unidos, para falar sobre os supostos “abusos do poder Judiciário brasileiro contra a oposição”.
A crise entre Musk e Moraes ocorreu após o empresário utilizar o X para tecer críticas ao magistrado por decisões para a suspensão de alguns perfis na rede. Depois de afirmar que Moraes deveria “renunciar ou sofrer um impeachment” e ser incluído no inquérito das milícias digitais como investigado, o bilionário se referiu ao ministro como “ditador do Brasil” e afirmou que o juiz do Supremo possui “Lula na coleira”.