Convocado pela Polícia Federal (PF) para depor sobre supostos planos de golpe em 2022, o ex-presidente Jair Bolsonaro escolheu ficar em silêncio, alegando falta de acesso aos autos do inquérito. Após sucessivos pedidos de adiamento negados, Bolsonaro chegou à PF em Brasília, mas a oitiva foi encerrada rapidamente. Seu advogado, Fábio Wajngarten, afirmou que o silêncio se baseia na ausência de informações fundamentais para a defesa.
O que você precisa saber:
Pedidos de Adiamento Negados: Os advogados de Bolsonaro solicitaram adiamento do depoimento três vezes, alegando falta de acesso aos autos do inquérito. O ministro do STF negou os pedidos, levando à convocação do ex-presidente.
O Silêncio de Bolsonaro: Bolsonaro, ao chegar à PF, optou por ficar calado durante o depoimento, que estava previsto para iniciar às 14h30 e foi encerrado em menos de 30 minutos.
Defesa Alega Falta de Acesso a Provas: Fábio Wajngarten, advogado de Bolsonaro, afirmou que a estratégia de silêncio se deve à falta de acesso a elementos essenciais do inquérito, como a delação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente.
Compromisso com Depoimento Futuro: A defesa de Bolsonaro destaca que o ex-presidente não se recusa a prestar depoimento, mas exige o acesso às provas do inquérito para garantir uma participação esclarecedora.
Expectativas de Outros Depoentes: Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, sinaliza cooperação com a PF, levantando a possibilidade de delação premiada. Outros investigados, como Augusto Heleno e Mário Fernandes, também optaram pelo silêncio.
Lista de Investigados Convocados: Além de Bolsonaro, a PF convocou 23 investigados para depoimentos. Destacam-se nomes como Anderson Torres, Augusto Heleno, Almir Garnier, Valdemar Costa Neto, entre outros.
Estratégia da PF para Obter Informações: Apesar do silêncio de Bolsonaro, a PF mantém estratégias para obter informações relevantes de outros depoentes, visando convencê-los a responder às perguntas.
Depoimentos em Outras Cidades: Simultaneamente, outros investigados prestam depoimentos em diversas cidades do Brasil, abrangendo Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Ceará.