Bolsonaro confia em "novos estudos" para se recusar a ser vacinado

Diário Carioca

Brasília, 13 OUT (EFE) .- O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, está contando com "novos estudos" para se recusar a ser vacinado contra o Cov e garante que está protegido porque sua imunização "está no topo".

"Em relação à vacina, decidi não tomá-la. Estou vendo novos estudos", disse Bolsonaro em declarações à rádio Jovem Pan feitas na noite de terça-feira e que foram reproduzidas na quarta-feira por outros meios de comunicação locais.

"Por que eu vou tomar uma vacina? Seria o mesmo que jogar 10 reais na loteria para ganhar 2", insistiu.

As declarações do presidente seguem a linha negacionista que ele mantém desde o início da pandemia do coronavírus, e dão um mau exemplo em um país que tem o segundo maior número de mortes por covid-19, depois dos Estados Unidos.

Ao contrário de seu presidente, 70% dos brasileiros já receberam a primeira dose da vacina e 47% têm o esquema completo. O COVID-19 já causou mais de 600 mil mortes no Brasil e infectou 21,6 milhões de pessoas.

Bolsonaro não especificou a que "novos estudos" ele se referia a descartar a vacinação contra o coronavírus, mas reiterou que o fato de ter sido infectado por Covid garante que ele tenha anticorpos suficientes contra essa doença, contrariando a opinião de especialistas.

Em declarações anteriores, Bolsonaro, 66, disse que seria o último brasileiro a ser vacinado contra o Covid, opinião que parece ter mudado agora ao afirmar que nunca receberá o imunizante.

No entanto, sua esposa, Michelle Bolsonaro, recebeu recentemente a vacina nos Estados Unidos, atraindo críticas no Brasil por recorrer à saúde pública de outra nação.

"Para mim, a liberdade é em primeiro lugar. Se o cidadão não quer ser vacinado, ele está no seu direito e é isso", insistiu Bolsonaro.

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