A Polícia Federal investiga Carlos Bolsonaro por suposta espionagem da Abin.
A Polícia Federal cumpre, nesta segunda-feira (29), novos mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Vigilância Aproximada, com o objetivo de avançar no núcleo político suspeito de estar por trás do uso de informações produzidas ilegalmente por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).
Segundo informações da colunista Andréia Sadi, do G1, um dos focos da operação é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que você precisa saber:
- A Polícia Federal (PF) deu início a uma operação para apurar as atividades da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) durante o governo Bolsonaro.
- Um dos focos da operação é Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
- A suspeita é de que Carlos, filho “02” de Bolsonaro, teria recebido “materiais” obtidos ilegalmente pela Abin.
Outros parágrafos:
Objetivo da operação
A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), tem como objetivo identificar possíveis destinatários de informações obtidas ilegalmente pela Abin.
Alvos da operação
Além de Carlos Bolsonaro, um policial federal lotado na Abin na gestão de Ramagem também é alvo da ação de hoje. Ramagem, que teria passado informações da Abin para Carluxo, também é investigado e foi alvo de busca e apreensão na última quinta-feira.
Histórico de Ramagem e Carlos Bolsonaro
A ligação entre Carlos Bolsonaro e Alexandre Ramagem é antiga. Os dois são amigos pessoais e chegaram a trabalhar juntos na campanha de Ramagem à prefeitura do Rio de Janeiro, em 2020.
Espionagem ilegal
As investigações da PF indicam que a Abin teria sido “instrumentalizada” para monitorar ilegalmente diversas autoridades e pessoas envolvidas em investigações, além de desafetos de Bolsonaro, durante o período em que o órgão era liderado por Ramagem.
Dentre as autoridades espionadas, destacam-se a ex-deputada Joice Hasselmann, o ex-governador do Ceará e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o ex-presidente da Câmara, Rodrigo Maia.