O governo liderado por Jorginho Mello (PL) em Santa Catarina causou polêmica ao recolher recentemente 510 livros de bibliotecas escolares estaduais.
Entre os títulos retirados estão obras consagradas como “It: A Coisa” de Stephen King, “Laranja Mecânica” de Anthony Burgess e “Exorcismo” de Thomas B Allen.
A medida, que também incluiu o envio de alguns livros para penitenciárias, levanta preocupações sobre censura literária e limitação à liberdade de expressão.
Readequação ou Censura?
- A Secretaria de Educação de Santa Catarina orientou as escolas a removerem nove títulos de seus acervos bibliotecários no início deste mês.
- Alguns livros foram realocados para bibliotecas de Centros de Educação Profissional (CEDUPs) e Centros de Educação para Jovens e Adultos (EJA).
Críticas à medida e tendência de censura
A justificativa da administração, de readequar os livros para “faixas etárias apropriadas”, levanta questionamentos, uma vez que não foram fornecidos detalhes sobre o processo ou critérios utilizados. Críticos veem essa ação como parte de uma tendência mais ampla de censura literária impulsionada por governos conservadores. O episódio em Santa Catarina remete a eventos anteriores, como a tentativa de censura de uma história em quadrinhos dos “Vingadores” na Bienal do Livro do Rio de Janeiro em 2019, liderada pelo então prefeito Marcelo Crivella, que gerou debates sobre liberdade artística e diversidade