Como medida para aliviar hospitais e centros de saúde com o atendimento de pacientes a distância, o senador Dário Berger (MDB-SC) enviou ofício ao ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, propondo que seja implementado o Sistema Integrado de Telemedicina e Telessaúde (STT), desenvolvido em Santa Catarina pela Universidade Federal (UFSC), para agilizar e acelerar o diagnóstico dos pacientes com Covid-19.
Na proposta, Dário Berger argumenta que isso pode contribuir com o país para superar a pandemia causada pelo novo coronavírus. Para ele, são necessários diagnósticos cada vez mais rápidos e eficientes para pacientes acometidos por infecções da Covid-19. O senador considera importante o trabalho desempenhado pela UFSC no desenvolvimento do Sistema Integrado de Telemedicina e Telessaúde.
De acordo com o senador, o sistema funciona há mais de 15 anos e vem sendo desenvolvido e executado de forma ininterrupta, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina, desde de 2005. O sistema recebe apoio da Organização Pan-Americana de Saúde, do Ministério da Saúde, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).
Dário Berger observa que o sistema de Santa Catarina é um projeto conceituado e reconhecido internacionalmente como referência. Ele afirmou que a telemedicina pode ser de relevante importância na batalha contra o coronavírus.
— O sistema tem características únicas e se constitui numa das mais avançadas tecnologias brasileiras de telemedicina. É um conjunto de processos de trabalho médico, protocolos de exames e condutas clínicas para diagnóstico à distância em larga escala, e acompanhamento de pacientes no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS) — destacou.
O pedido foi encaminhado a Mandetta após o senador ter contato com o Dr. Aldo Von Wangenheim, professor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Convergência Digital da UFSC, que colocou à disposição toda estrutura já existente do programa, para colaborar com o ministério em outros estados.
— O STT se constitui hoje, com o suporte a mais de 80 mil exames médicos e teleconsultorias médicas por mês, provavelmente na maior infraestrutura de telediagnóstico do Hemisfério Sul — disse o senador, citando dados fornecidos por Wangenheim.
Telemedicina durante a pandemia
No Senado, um projeto de lei que libera o uso da telemedicina durante a pandemia de coronavírus no Brasil foi aprovado nesta terça-feira (31). O PL 696/2020, da deputada federal Adriana Ventura (Novo-SP), havia sido aprovado na Câmara dos Deputados na quarta-feira (25). O texto segue para a sanção presidencial.
Pelo texto, telemedicina é o exercício da medicina mediado por tecnologias para assistência, pesquisa, prevenção de doenças e lesões e promoção de saúde. Ao sugerir esse recurso, o médico deve esclarecer ao paciente as limitações disso, como a impossibilidade de realizar exames que exijam coleta de material, por exemplo. Também deve informar, se for o caso, as formas de pagamento.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)