O tenente coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, detalhou à Polícia Federal (PF) todo o funcionamento do Gabinete do Ódio, órgão informal que comandava a propagação de fake news e ataques a adversários e instituições nas redes sociais.
As informações, divulgadas pela colunista Bela Megale, no jornal O Globo, apontam para o envolvimento direto do vereador Carlos Bolsonaro no grupo.
Cid afirmou que Arnaud Tomaz, assessor do governo Bolsonaro, era o responsável formal pelo Gabinete do Ódio, mas que obedecia ordens diretas de Carlos Bolsonaro para desencadear memes e fake news para atacar adversários e propagar discurso de ódio.
Arnaud teria passado uma temporada no gabinete de Carlos Bolsonaro no Rio, onde foi treinado e teria traçado as estratégias para implementar o grupo.
Cid também delatou apoiadores e aliados do ex-presidente que propagavam as informações nos grupos de aplicativos.
O objetivo da PF é reunir provas que mostrem o funcionamento do grupo e o envolvimento direto do clã Bolsonaro.
Carlos Bolsonaro, por sua vez, negou as acusações e disse que a delação de Cid é “fraca”.
As novas revelações da delação de Mauro Cid podem ter um impacto significativo nas investigações sobre o Gabinete do Ódio.
Se comprovadas, as acusações contra Carlos Bolsonaro podem levar a uma ação judicial contra o vereador