Coletivos feministas, movimentos populares e parlamentares realizaram um ato antecipado no centro de Ceilândia, no sábado (5), para marcar o início da jornada de lutas do Dia Internacional de Luta por Direitos das Mulheres, comemorado no 8 de março.
Com faixas e cartazes nas mãos, as manifestantes denunciavam os retrocessos impostos pelos governo Bolsonaro para as mulheres.
Em meio à palavras de ordem de “Fora Bolsonaro” e discursos, as participantes evidenciaram o aumento no número de casos de feminicídio no Distrito Federal nos últimos anos, bem como, o desmonte das políticas públicas voltadas para o combate da violência doméstica.
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A representante do Levante Feminista do DF, Rita Andrade, disse que para dar um basta à violência e ao feminicídio é urgente a “implementação de políticas públicas preventivas a todas as mulheres”. Ela declarou ainda que a luta das mulheres é “por igualdade, por respeito e direitos”.
Para a presidente do Instituto Viva Mulher Direitos e Cidadania, Lucia Bessa, as mulheres “não aguentam mais viver sob o julgo da violência. Exigimos políticas públicas eficazes que resguardem e assegurem a vida das mulheres desse país e do Distrito Federal”.
Denúncias do aumento no número de casos de feminicídio no DF, bem como, do desmonte das políticas públicas voltadas ao combate da violência doméstica tomaram conta do ato. / Foto: Roberta Quintino
“Estamos em luta para dizer que as mulheres em movimento vão arrancar a faixa presidencial que está no peito estufado da misoginia, do racismo, da LGBTfobia, da extrema direita e do fascismo. Tirem o seu patriarcalismo do caminho que nós estamos passando com tantas cores, com tantas lutas e com muita convicção de que esse Brasil, em nome de Marielle, de Margarida Alves, em nome de Dandara, será devolvido ao povo brasileiro e às mulheres brasileiras”, afirmou a deputada federal Erika Kokay (PT-DF).
Ações de solidariedade
Além do ato, as mulheres dos coletivos e movimentos organizaram uma ação para distribuição de absorventes, álcool em gel, máscaras e luvas para as manifestantes e à população da cidade.
Até o final de março, outras ações de solidariedades serão realizadas. Na segunda-feira (7), as mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vão se reunir no Hemocentro de Brasília, a partir das 10h, para um mutirão de doação de sangue.
Na terça (8), as atividades iniciam às 11 horas, com o ato "Pela Vida das Mulheres", em frente ao Palácio do Buriti, sede do governo do DF. Já a Marcha das Mulheres do DF e Entorno, acontece a partir das 17 horas, com concentração no Museu da República e segue pela Esplanada dos Ministérios, com encerramento na Alameda das Bandeiras.
No dia 14, as mulheres do MST vão realizar o plantio de árvores em homenagem a vereadora e socióloga Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
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Fonte: BdF Distrito Federal
Edição: Flávia Quirino