Entregadora processa Eduardo Bolsonaro por transfobia

Diário Carioca
Eduardo Bolsonaro - Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

A entregadora trans Duda Taylor Araújo, de 27 anos, processou o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por transfobia, após o parlamentar ironizar uma reportagem sobre o caso dela.

O que você precisa saber:

  • Duda processou os pais por não usar seu nome social;
  • Eduardo Bolsonaro ironizou o caso nas redes sociais;
  • Duda denunciou o deputado por transfobia.

Duda, que se identifica como não binário desde o ano passado, nasceu como menino e, em julho de 2022, oficializou a mudança de seu primeiro nome registrado em cartório para um de gênero neutro.

A ação na Polícia Civil por transfobia se originou da publicação do filho do ex-presidente no X, antigo Twitter, na qual ele comenta a investigação dos pais de Duda por chamá-la pelo nome de nascimento.

No post, Eduardo escreveu: “Polícia Civil investigando casal por chamar o filho pelo nome que deu a ele no nascimento. O sujeito resolveu que ‘não tem gênero’ e os pais são investigados por chamá-lo como o homem”.

Duda também apresentou uma denúncia contra o parlamentar de extrema-direita na Secretaria da Justiça e Cidadania de São Paulo, alegando “comentário discriminatório” por parte dele.

Relembre o processo

O caso começou quando Duda, descontente com a recusa dos pais em utilizar seu nome social, registrou um boletim de ocorrência de injúria e enviou uma denúncia ao Ministério Público de São Paulo. Em entrevista ao Metrópoles, ela explicou a escolha de um nome unissex, refletindo sua identidade não binária.

Os pais de Duda, Oswaldo da Silva Araújo e Valdeli Marques Santos, manifestaram respeito às escolhas da filha, mas afirmaram dificuldades em chamá-la pelo nome social. Mesmo a recebendo em casa de maneira positiva, eles mantêm o uso do nome de nascimento, resultando na atual disputa judicial.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca