O ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Carlos Baptista Júnior, afirmou à Polícia Federal ter sido pressionado por aliados próximos de Jair Bolsonaro para aderir ao golpe de Estado planejado no final de 2022.
Segundo seu relato, a deputada federal Carla Zambelli o teria abordado durante a formatura de aspirantes da Aeronáutica, cobrando-o para impedir que o ex-presidente ficasse “na mão”.
O que você precisa saber
- Pressão de aliados de Bolsonaro sobre ex-comandante da Aeronáutica.
- Relato de rejeição a propostas de ilegalidade.
- Implicações de ex-ministros no plano golpista.
- Confirmação de reuniões no Palácio do Alvorada.
Pressão e rejeição a propostas
Baptista Junior relatou que Carla Zambelli o abordou durante um evento, pressionando-o para não deixar Bolsonaro “na mão”. Em resposta, ele rejeitou qualquer proposta de ilegalidade, afirmando que não admitia que propusessem qualquer ilegalidade.
Implicações de ex-ministros
Além da pressão sofrida, o ex-comandante implicou o ex-ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, na elaboração do plano golpista. Nogueira foi apontado como articulador da minuta golpista, enquanto Torres atuava como “tradutor jurídico” para os três comandantes.
Reuniões no Palácio do Alvorada
Os ex-comandantes confirmaram ter sido chamados ao Palácio do Alvorada para reuniões com Bolsonaro por Paulo Sérgio Nogueira. Em 7 de dezembro de 2022, eles relatam ter sido convocados pelo então ministro da Defesa à biblioteca do Palácio da Alvorada.