Sem se esquecer de seguir os protocolos sanitários, o povo se preparar para voltar às ruas neste sábado (), em mais de 330 cidades brasileiras. “Vacina no Braço”, “Comida no Prato” e “Fora, Bolsonaro”, são as centrais dos manifestantes para emparedar o atual presidente e responsável pela responsabilidade do governo federal por colocar o Brasil à beira dos 500 mil mortos pela covid – .
Os protestos , articulados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, e pela Coalização Negra por Direitos – dentro da Campanha Nacional Fora Bolsonaro – são uma continuidade dos atos históricos do último dia 19 de maio, pouco noticiados pelos grandes jornais do país.
“O povo brasileiro tá sofrendo muito, e a única alternativa que nós encontramos nesse momento para conseguir inclusive salvar a vida das pessoas e ocupar as ruas para aplicar por vacina, para acelerar esse processo, para o Brasil comprar vacina, para conseguir aumentar o auxílio emergencial para R $ 600, para acabar com a violência policial nas periferias, para combater o racismo “, explica Jessy Dayane, da Frente Brasil Popular.
Auxílio Emergencial irrisório
Uma das bandeiras centrais dos manifestantes para combater a miséria que assola o país, a volta do auxílio emergencial para 600 reais, ainda longe passa de ser uma das prioridades do governo federal.
Hoje, o benefício alcança o valor médio de 250 reais e não atende como necessidades básicas das famílias brasileiras, especialmente das mães solo que vivem nas periferias. É o caso de Sônia Santos Souza, na Zona Leste de São Paulo. A empregada doméstica está entre as 7,8 milhões de pessoas que perdem o emprego no país durante uma crise.
“Sem trabalho, só com R $ 375, não dá para a gente fazer feira de mercado, feira de mistura pra ele, é bem difícil hoje. Já era difícil, agora por causa da pandemia ficou bem mais difícil “, afirma a mãe desempregada.
Além da fome, hoje o país carece de investimento no SUS, e sofre com a falta de leitos e insumos no combate à pandemia. A vacinação é outro descaso por parte do governo. Após a recusa de ofertas da Pfizer, a imunização ainda caminha a passos lentos, e até mesmo os grupos prioritários definidos em dezembro do ano passado pelo Ministério da Saúde, como as comunidades quilombolas, não foram totalmente imunizados.
“Até quando nós vamos ficar esperando e deixando o país ser conduzido nas mãos de um genocida? Isso diz respeito a vida do nosso povo, isso diz respeito a dar uma freada no desmonte do estado brasileiro, na destruição do nosso país , então acho que esses são os motivos que dão tanta urgência a essa bandeira e essa luta e a necessidade do Fora Bolsonaro “, aponta Jessy Dayane, que é a coordenação nacional do Levante Popular da Juventude.
) A necessidade de lutar nas ruas pela saída do presidente também é endossada por Édson Carneiro Índio, da Frente Povo Sem Medo.
“Não é mais possível uma população funcional esse governo que tem levado milhões de pessoas a morte. Nós estamos chegando a 500 mil mortes neste fina l de semana. Milhões de pessoas na fome, milhões de pessoas sem desemprego “, enfatiza o secretário geral da Intersindical.
Protocolos sanitários
Ao contrário do negacionismo observado nas motociatas de Bolsonaro pelo país, a Campanha Nacional pelo Fora Bolsonaro definiu uma série de protocolos sanitários para garantir a segurança dos manifestantes.
As Frentes Povo Sem Medo, Brasil Popular e Coalizão Negra por Direitos, orientam o uso da máscara N 95 – que também será distribuída nas ruas para aqueles que não têm condições de comprá-las.
Outra orientação é que as pessoas não deixem de usar álcool em gel e marchem em fileira, mantendo ou distanciamento social. Já para aqueles que têm algum sintoma ou têm comorbidades, a orientação é que fiquem em casa.
As orientações fornecidas para garantir a segurança de todos os manifestantes estão disponíveis no guia de segurança sanitária para manifestantes em tempos de segurança – 19, elaborado pela Rede Nacional de Médicas e Médicos Populares (RNMMP).
“Com os cuidados sanitários, mas sem deixar de dizer que o Brasil não aguenta mais o projeto da destruição nacional, não aguenta mais morros de mortes, caos sociais, desemprego, fome e miséria “, finaliza Índio.
Edição: Isa Chedid