Um relatório obtido pela revista Piauí mostra que a plataforma chinesa de microvídeos Kwai impulsionou vídeos do então candidato à presidência da República, Jair Bolsonaro.
O que você precisa saber:
- A Kwai impulsionou vídeos de Bolsonaro e Lula, mas a prática é proibida no Brasil.
- A empresa também deixou circular fake news em sua plataforma.
- A Kwai busca ser líder entre as classes C e D no Brasil.
A reportagem da revista Piauí, assinada por Pedro Pannunzio, mostra que a Kwai impulsionou vídeos de Bolsonaro por meio de uma ferramenta chamada “Kwai Boost”. Essa ferramenta permite que os usuários paguem para que seus vídeos sejam exibidos para mais pessoas.
A prática de impulsionar vídeos de candidatos à presidência é proibida no Brasil, pois uma resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) permite que apenas os candidatos impulsionem as suas respectivas publicações.
A equipe brasileira da Kwai, ao tomar conhecimento da prática ilegal da empresa, se revoltou. Para conter a crise interna, a multinacional também impulsionou vídeos do então candidato à presidência da República e atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Além de impulsionar vídeos de candidatos à presidência da República do Brasil, a Kwai também optou por deixar vídeos com fake news circularem em sua plataforma.
A Kwai busca ser líder entre as classes C e D no Brasil. Atualmente, a rede possui 48 milhões de usuários e já figura para se tornar uma gigante em pouco tempo.
Em resposta à revista Piauí, a Kwai afirmou que “preza pelo bom conteúdo” e que “utiliza mecanismos de segurança”; no entanto, os relatórios mostram que a empresa adota “uma política deliberada de estímulo a irregularidades em busca de audiência”.