O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, neste domingo (3), que caso não haja o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia (UE), não foi por falta de vontade dos sul-americanos, mas por protecionismo dos europeus.
O que você precisa saber:
- Lula diz que impasse no acordo Mercosul-UE é por protecionismo europeu.
- Presidente brasileiro defende alterações em pontos do acordo sobre licitações de compras governamentais.
- Aprovado em 2019, acordo precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor.
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Lula se reuniu com o presidente da França, Emmanuel Macron, na tentativa de avançar com a negociação, mas o encontro não surtiu efeito. Macron é um dos principais opositores do acordo, que considera “incoerente” e “mal remendado”.
Segundo Lula, a França é protecionista sobre seus interesses agrícolas. Além disso, o presidente brasileiro defende alterações em pontos do acordo de livre comércio sobre licitações de compras governamentais, pois, para ele, é uma política indutora do desenvolvimento da indústria nacional e oportunidade para pequenas e médias empresas.
O acordo Mercosul-UE precisa ser ratificado pelos parlamentos de todos os países dos dois blocos para entrar em vigor. A negociação envolve 31 países. Ele cobre temas tanto tarifários quanto de natureza regulatória, como serviços, compras públicas, facilitação de comércio, barreiras técnicas, medidas sanitárias e fitossanitárias e propriedade intelectual.