Lula Eleva Tom de Críticas a Israel Após Repatriação: Evolução do Discurso em 40 Dias de Conflito

Diário Carioca
Lula recebe os 32 brasileiros resgatados da Faixa de Gaza que saiu do Cairo (Egito) para o Brasil - Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Ao longo de 40 dias de conflito entre Israel e o Hamas, o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva passou por uma notável evolução.

As mudanças de tom se intensificaram após a conclusão da repatriação de cidadãos brasileiros e palestinos em processo de naturalização.

Vamos explorar a transformação no posicionamento de Lula, desde as primeiras declarações até a escalada de críticas a Israel.


Evolução do Discurso:

  • Após Repatriação: As críticas de Lula atingiram novo patamar após a conclusão da repatriação de brasileiros e palestinos.
  • Equiparação com o Hamas: Lula volta a classificar os ataques de Israel como terroristas, equiparando-os aos do Hamas em 7 de outubro.

Número de Mortos e Crianças Desaparecidas:

  • Cenário em Gaza: O presidente destaca que o número de mortos em Gaza ultrapassa 11 mil, incluindo 5 mil crianças, além de 1,5 mil crianças desaparecidas.
  • Críticas à Atuação de Israel: Lula critica a atuação de Israel, alegando que o país está “matando inocentes sem nenhum critério”.

Posicionamento Diplomático:

  • Resposta do Ministério das Relações Exteriores: O governo Lula explica sua motivação para não classificar o Hamas como grupo terrorista, seguindo determinações da ONU.
  • Pressão Bolsonarista: 61 deputados cobram o reconhecimento do Hamas como “organização terrorista”, resultando em uma nota oficial.

Genocídio e Acusações a Netanyahu:

  • Termo “Genocídio”: Em 25 de outubro, Lula utiliza pela primeira vez o termo “genocídio” para descrever os ataques de Israel.
  • Acusação a Netanyahu: Lula afirma que o primeiro-ministro de Israel deseja “acabar com a Faixa de Gaza”, denunciando a ação desproporcional.

Esclarecimento sobre Classificação do Hamas:

  • Posicionamento Firme: Lula reafirma que o Brasil só reconhece como organização terrorista o que é reconhecido pelo Conselho de Segurança da ONU.
  • Diferenciação: O presidente distingue o ato do Hamas como terrorista, enquanto não classifica o grupo como terrorista.

A evolução do discurso de Lula reflete a complexidade diplomática do conflito e as diferentes perspectivas sobre os eventos em Gaza.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca