Lula fortalece vínculos do Brasil com a Arábia Saudita em visita ao Oriente Médio

Diário Carioca
O presidente Lula e o Príncipe Herdeiro e Primeiro-Ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman: interesse mútuo em investimentos. Foto: Ricardo Stuckert / PR

No primeiro dia de sua visita ao Oriente Médio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o Príncipe Herdeiro e Primeiro-Ministro da Arábia Saudita, Mohammed bin Salman, para discutir o fortalecimento das relações bilaterais.

A pauta incluiu investimentos de US$10 bilhões do Fundo Soberano Saudita no Brasil, com foco em setores como energia limpa, hidrogênio verde, defesa e ciência.

O que você precisa saber:

  1. Investimentos Bilaterais: Presidente Lula e Príncipe Salman discutem aporte de US$10 bilhões do Fundo Soberano Saudita no Brasil, com US$9 bilhões previstos para os próximos sete anos.
  2. Diversificação Setorial: Projetos abrangendo energia limpa, hidrogênio verde, defesa, ciência, tecnologia, agropecuária e infraestrutura conectados ao Novo PAC estão no radar das negociações.
  3. Compromisso com Sustentabilidade: A Arábia Saudita busca produzir 90 GW de energia limpa até 2030, incluindo investimentos em energias renováveis como o hidrogênio verde no Brasil.
  4. Brasil na COP-28: Presidente Lula antecipa avanços no controle do desmatamento e ações para preservação de florestas tropicais na Conferência em Dubai.
  5. Parceria Estratégica: Mohammed bin Salman destaca o potencial de parceria estratégica entre Brasil e Arábia Saudita, considerando ambos como líderes econômicos em suas regiões

No encontro em Riad, capital saudita, o presidente Lula mencionou a reaproximação do Brasil com os países árabes e destacou o potencial do Brasil para a transição energética e ações de combate à crise climática. Ele antecipou ao príncipe que o Brasil vai apresentar na COP-28, em Dubai, avanços no controle do desmatamento e ações conectadas à preservação e proteção das florestas tropicais.

A Arábia Saudita tem objetivos de sustentabilidade que envolvem a produção de 90 GW de energia limpa, até 2030, tanto dentro quanto fora do país. O Brasil é um dos países com maior potencial para receber investimentos com esse fim, em energias renováveis, como o hidrogênio verde.

Mohammed bin Salman mencionou a posição de Brasil e Arábia Saudita como líderes econômicos de suas regiões e sinalizou que esse é um indicativo de que uma parceria mais forte e estratégica entre os dois países será interessante para todos os lados.

SALTO – Os dois líderes projetam que as transações comerciais entre os dois países, que já somam 50 anos, possam saltar dos atuais US$ 8 bilhões para US$ 20 bilhões até 2030.

Eles falaram sobre o protagonismo internacional do Brasil. O príncipe herdeiro mencionou a importância estratégica da Presidência brasileira do G-20, que se inicia em dezembro. Mohammed bin Salman também ressaltou a entrada da Arábia Saudita no BRICS, e afirmou que o país tem interesse em ter uma participação ativa no banco do bloco, o NDB.

Convidado pelo presidente Lula, o líder saudita também demonstrou interesse em visitar o Brasil e conhecer, especialmente, a Amazônia. Ele fez referência ao fato de o Brasil ser um país pacífico e com manifestações culturais muito apreciadas em seu país, além do futebol.

Os dois líderes e suas respectivas comitivas também manifestaram interesse na construção de um Conselho bilateral, em nível ministerial, que se reúna períodicamente para promover o aprofundamento das relações econômicas e politicas entre os dois países, tema comentado igualmente pelo ministro Rui Costa (Casa Civil), em contato com a imprensa brasileira presente no país árabe na manhã desta terça.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca