Michelle Bolsonaro critica cotas para mulheres na política

Diário Carioca
Michelle Bolsonaro - Foto: Flickr PL

Durante um evento do PL Mulher em Macapá (AP), Michelle Bolsonaro, presidente do grupo, reiterou sua posição contrária à política de cotas para mulheres na política, defendendo que as vagas devem ser conquistadas pelo mérito do protagonismo.

O que você precisa saber

  • Michelle Bolsonaro, em evento do PL Mulher, reafirma sua oposição à política de cotas para mulheres na política.
  • Declaração anterior de Michelle gerou controvérsia, levando-a a “retificar” sua posição a favor da cota de 30%.
  • Sistema de cotas femininas na política foi adotado em 1995 e posteriormente regulamentado pela Lei 9504/1997.
  • Críticas à política de cotas destacam desafios na busca por equidade de gênero na política brasileira.

Contextualização da polêmica

Em maio de 2023, Michelle Bolsonaro proferiu uma declaração similar durante um evento do PL Mulher em São Paulo, expressando seu desejo de “erradicar a cota dos 30%” para mulheres na política. No entanto, diante da repercussão negativa, ela gravou um vídeo “retificando” sua posição, afirmando ser a favor da política de cotas para mulheres.

O sistema de cotas femininas

Desde sua adoção em 1995, a política de cotas para mulheres na política brasileira tem sido um ponto de debate e controvérsia. A Lei 9.100/1995 determinou a reserva de 20% das candidaturas para mulheres nas eleições municipais, posteriormente aumentada para 30% pela Lei 9504/1997.

Reações e impactos

A declaração de Michelle Bolsonaro é vista como um retrocesso para a luta pela equidade de gênero na política. Ela se soma a outros ataques à busca por representatividade feminina, como a proposta de Emenda à Constituição (PEC 9/2023), que visa anistiar partidos por irregularidades nas prestações de contas relacionadas ao financiamento de candidaturas de mulheres e pessoas negras.

Comparação internacional

O modelo de cotas femininas adotado no Brasil difere do sistema utilizado em outros países. Enquanto alguns países reservam um número mínimo de cadeiras para mulheres, o Brasil optou por estabelecer cotas para candidaturas femininas.

Histórico da luta por representatividade

A conquista do voto feminino em 1932 foi apenas o primeiro passo na longa jornada pela presença das mulheres na política brasileira. Apesar dos avanços, a representação feminina ainda é baixa, e a violência política contra as mulheres durante as eleições permanece uma preocupação crescente.

Desafios persistem

A crítica de Michelle Bolsonaro à política de cotas destaca os desafios contínuos na busca por uma representatividade feminina efetiva na política brasileira. Enquanto a luta pela equidade de gênero continua, é essencial enfrentar os obstáculos e promover mudanças significativas no cenário político nacional.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca