Moderado, nome de Bolsonaro para o Exército já foi homenageado por governadora do PT

Diário Carioca

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) avalia os possíveis substitutos para os três comandantes das Forças Armadas que renunciaram a seus cargos nesta terça-feira (30): Edson Pujol (Exército), Ilques Barbosa (Marinha) e Antônio Carlos Moretti Bermudez (Aeronáutica). 

Nos bastidores, o favorito para assumir o Exército é o general Marco Antônio Freire Gomes, amigo do general bolsonarista Luiz Eduardo Ramos, novo ministro da Casa Civil. Os dois são paraquedistas e têm relação de longa data. Para Bolsonaro, Ramos seria o fiador da lealdade do novo comandante, em meio ao aprofundamento da crise entre Planalto e Forças Armadas.

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O objetivo imediato do presidente, ao substituir o ministro da Defesa, por exemplo, seria garantir a “obediência cega” dos militares a suas orientações.

Fontes ouvidas em off pelo Brasil de Fato apontam que esse não é o perfil de Freire Gomes, visto pelos colegas como “moderado”.

Histórico

Nascido em 31 de julho de 1957 em Pirassununga (SP) e filho de um coronel de cavalaria, ele estudou desde cedo em escolas militares e ingressou na Academia Militar das Agulhas Negras em 1977.

Freire Gomes atuou como executivo do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) durante o governo Temer (MDB) e é o Comandante Militar do Nordeste (CMNE) desde 2018.

Em agosto de 2019, o general foi homenageado com a Medalha do Mérito Policial Militar Luiz Gonzaga pela governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), pelos serviços prestados. 

À frente do CMNE, Freire Gomes aprimorou o programa de inclusão “Soldado Cidadão”, coordenou ações de limpezas de praias, recuperação de estradas, perfuração de poços, construção de açudes e distribuição de água ao longo do rio São Francisco.

Os concorrentes

Marco Antônio Freire Gomes é o 5º mais antigo do Alto Comando do Exército. Dos quatro mais longevos, apenas um ainda é cogitado por Bolsonaro: o general José Luiz Freitas.

Os demais nomes já foram descartados, segundo interlocutores. O general Marcos Amaro, por ter trabalhado próximo à ex-presidenta Dilma Rousseff (PT), e o general Paulo Sérgio, por ter criticado a gestão da pandemia em entrevista à imprensa.

Se a nomeação de Freire Gomes for confirmada, seis generais, ao todo, passam diretamente à reserva.

Edição: Poliana Dallabrida


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