“Mulheres sem-terra são onças na luta por direitos”, diz dirigente do MST sobre “Pantanal”

Diário Carioca
               No remake da novela "Pantanal", a atriz Juliana Paes interpreta Maria Marruá, uma trabalhadora rural marcada pela perda de um filho e do marido, vítimas da disputa por terras no interior do país. A obra de Benedito Ruy Barbosa teve sua primeira versão produzida pela extinta TV Manchete nos anos 1990 e fez um enorme sucesso. Agora na TV Globo, a trama adaptada por Bruno Luperi ainda representa as mulheres sem-terra?  
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Na opinião da dirigente nacional do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) Marina dos Santos, a personagem de Juliana Paes carrega a força de luta presente nas ocupações e, por isso, faz um convite para a atriz.  
"As mulheres sem-terra ficariam honradas de recebê-la em um assentamento nosso, para ela ver na prática o que as mulheres sem-terra passam e ela está retratando de forma brilhante", elogia Marina. 
Para a dirigente, uma das cenas mais emocionantes da primeira fase da novela foi a do parto de Juma Marruá. Durante o capítulo, o público é apresentado pela primeira vez a lenda da mulher que vira onça para proteger a filha.  
"As mulheres sem-terra são também onças na luta para conquistar os direitos e para defender a própria subsistência dos filhos", defende a militante. 
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Desde a estreia em março, a atuação de Juliana Paes em "Pantanal" é um dos assuntos mais comentados nas redes sociais. Na versão original, Maria Marruá foi interpretada por Cássia Kis.  
A novela aborda temas como reforma agrária, violência no campo e concentração fundiária quando o casal Maria e Gil, interpretado pelo ator Chico Diaz, enfrentam o poder de um grande fazendeiro que toma posse das terras onde eles moram. 
A partir desta semana, o enredo ganha novos personagens e se despede de outros na passagem de tempo entre as fases da trama. Juliana Paes continua interpretando a mulher que vira onça.  
        Fonte:  BdF Rio de Janeiro
   Edição: Clívia Mesquita


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