O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) anunciou neste sábado (23) que vai representar junto ao Ministério Público contra o criador da página de entretenimento “Choquei”, Raphael Sousa.
A medida seria nobre e eficaz se não viesse de um deputado que recebeu uma condenação do TSE referente a vídeo publicado, nas eleições de 2022, em que acusou presidente Lula de incentivar uso de drogas entre menores, entre outros. Material foi compartilhado por outros parlamentares como Eduardo e Flávio Bolsonaro e Carla Zambelli.
Outro episódio que mostra o profundo conhecimento de Nikolas sobre Fae News foi acionamento do Ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida a AGU contra o deputado.
O ministro acionou a Advocacia-Geral da União (AGU) ontem (22/9) contra os deputados Nikolas Ferreira (PL-MG) e Filipe Barros (PL-PR) pela divulgação de fake news sobre a obrigatoriedade de banheiro unissex no Brasil.
O que você precisa saber:
- O deputado bolsonarista Nikolas Ferreira vai representar junto ao Ministério Público contra o criador da página de entretenimento “Choquei”, Raphael Sousa.
- A motivação seria a morte de Jéssica Vitória Canedo, uma jovem de 22 anos que foi citada pelo perfil como suposto novo affair do humorista Whindersson Nunes.
- A jovem tirou a própria vida após a fake news.
Ferreira afirmou que a notícia falsa causou “danos irreparáveis” à jovem e à sua família. “Jéssica Vitória Canedo era uma jovem de 22 anos que foi vítima de uma fake news publicada pela página ‘Choquei’. A notícia falsa dizia que ela era o novo affair do humorista Whindersson Nunes. Jéssica não suportou a pressão e cometeu suicídio”, escreveu o deputado em suas redes sociais.
Fake news e depressão
A morte de Jéssica Vitória Canedo reacendeu o debate sobre os perigos das fake news. A jovem já sofria de depressão e a notícia falsa sobre o seu suposto affair com Whindersson Nunes foi a gota d’água.
Repercussão política
A notícia da morte de Jéssica Vitória Canedo também repercutiu na política. O deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) pediu o indiciamento do criador da página “Choquei” por injúria, difamação e calúnia.