PF aponta que Abin monitorou ilegalmente 30 mil pessoas no governo Bolsonaro

Diário Carioca
Jair Bolsonaro e Alexandre Ramagem - Foto: Reprodução

A Polícia Federal (PF) revelou nesta quinta-feira (4) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ilegalmente cerca de 30 mil pessoas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

O que você precisa saber:

  • A PF investiga o uso ilegal de um software de geolocalização pela Abin.
  • A investigação revelou que os dados monitorados estavam armazenados em Israel.
  • Entre as pessoas monitoradas estavam opositores do governo Bolsonaro.

As investigações da PF apontam que o monitoramento foi feito sem autorização judicial e que os dados coletados incluíam informações pessoais, como localização, ligações telefônicas e mensagens de texto.

De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, os dados monitorados estavam armazenados em uma nuvem em Israel, por meio de uma ferramenta desenvolvida por uma empresa israelense.

Rodrigues afirmou que o monitoramento era feito de forma sistemática e que, em regra, as pessoas monitoradas eram opositores do governo Bolsonaro.

“Estamos aqui falando de fragilidade do sistema de comunicação do país a partir do uso ilegal de uma ferramenta que, em nenhuma hipótese, poderia estar sendo usado por uma agência que não tem atribuição legal”, afirmou Rodrigues.

Conclusão:

O caso é mais um exemplo da tentativa de cerceamento da liberdade de expressão e do direito à privacidade durante o governo Bolsonaro.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca