A Polícia Federal (PF) revelou nesta quinta-feira (4) que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) monitorou ilegalmente cerca de 30 mil pessoas durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
O que você precisa saber:
- A PF investiga o uso ilegal de um software de geolocalização pela Abin.
- A investigação revelou que os dados monitorados estavam armazenados em Israel.
- Entre as pessoas monitoradas estavam opositores do governo Bolsonaro.
As investigações da PF apontam que o monitoramento foi feito sem autorização judicial e que os dados coletados incluíam informações pessoais, como localização, ligações telefônicas e mensagens de texto.
De acordo com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, os dados monitorados estavam armazenados em uma nuvem em Israel, por meio de uma ferramenta desenvolvida por uma empresa israelense.
Rodrigues afirmou que o monitoramento era feito de forma sistemática e que, em regra, as pessoas monitoradas eram opositores do governo Bolsonaro.
“Estamos aqui falando de fragilidade do sistema de comunicação do país a partir do uso ilegal de uma ferramenta que, em nenhuma hipótese, poderia estar sendo usado por uma agência que não tem atribuição legal”, afirmou Rodrigues.
Conclusão:
O caso é mais um exemplo da tentativa de cerceamento da liberdade de expressão e do direito à privacidade durante o governo Bolsonaro.