Na esteira de uma meticulosa investigação, a Polícia Federal (PF) apreendeu o passaporte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta quinta-feira (8), como parte de uma operação que desvenda uma intricada trama envolvendo uma organização criminosa. A suspeita recai sobre uma tentativa de golpe de Estado e a abolição do Estado Democrático de Direito, tudo em prol de vantagens políticas destinadas a manter o ex-capitão no poder.
O que você precisa saber:
- A apreensão do passaporte ocorreu durante buscas em sua residência em Angra dos Reis (RJ).
- Tercio Arnaud Tomaz, assessor de Bolsonaro, teve seu celular apreendido.
- Bolsonaro, alvo de medida cautelar restritiva, denuncia uma “perseguição implacável”.
A Entrega do Passaporte e as Palavras do Ex-Presidente: O advogado de Bolsonaro, Paulo Bueno, confirmou a apreensão do passaporte e relatou que a certidão de entrega já foi emitida. Enquanto a PF realizava buscas, Bolsonaro manifestou sua indignação, afirmando: “Saí do governo há mais de um ano e sigo sofrendo uma perseguição implacável”. Ele enfatizou: “Me esqueçam, já tem outro governando o país”.
Medida Cautelar Restritiva e a Amplitude da Operação: Bolsonaro informou que o mandado do STF o proíbe de ter contato com outros investigados, mesmo por meio de advogados. Contudo, a operação vai além do ex-presidente, atingindo figuras-chave como Braga Netto, Augusto Heleno, Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, assim como aliados próximos.
Prisões e Mandados: A PF não poupou na ação, detendo pelo menos dois ex-assessores de Bolsonaro durante seu mandato. Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais, foi preso em Ponta Grossa (PR), enquanto o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens e atual segurança do ex-presidente, foi detido em Brasília.
A Amplitude Geográfica da Operação: A operação, que abrange 33 mandados de busca, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares, estende-se por diversos estados brasileiros, desde o Amazonas até o Distrito Federal, em cumprimento às determinações do STF.