PF intensifica investigações sobre participação de Bolsonaro em planos de golpe

Diário Carioca
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: reprodução

Após a revelação dos depoimentos dos ex-comandantes das Forças Armadas, a Polícia Federal intensifica as investigações sobre a participação de Jair Bolsonaro nos planos de golpe de Estado.

Os depoimentos destacam detalhes que sugerem não só o conhecimento, mas também o envolvimento direto do ex-presidente no que a PF classifica como “participação efetiva” na trama golpista.

O que você precisa saber

  • Detalhes sobre as hipóteses de golpe apresentadas por Bolsonaro.
  • Revelações sobre minuta de decreto golpista e preocupações do ex-presidente.
  • Alertas dos ex-comandantes sobre as consequências do golpe.
  • Posicionamento da defesa de Bolsonaro.

Detalhes sobre as hipóteses de golpe

Segundo relatos do ex-comandante do Exército, general Marco Antônio Freire Gomes, Bolsonaro teria apresentado diversas hipóteses para a realização de um golpe, discutindo detalhes sobre a aplicação de medidas como a Garantia da Lei e da Ordem (GLO), Estado de Defesa ou Estado de Sítio, relacionadas ao resultado das eleições de 2022. Detalhes sobre uma minuta de decreto golpista também foram revelados, incluindo expressões características do ex-presidente, como “jogar dentro das quatro linhas”.

Revelações do ex-comandante da Aeronáutica

O ex-comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Junior, contribuiu com informações cruciais, afirmando que Bolsonaro estava ciente de que não havia sido identificada nenhuma fraude nas eleições de 2022 pela Comissão de Transparência das Eleições. Ele também relatou que o ex-presidente demonstrava preocupação quando informado de que os institutos jurídicos propostos na minuta do golpe não seriam eficazes para mantê-lo no poder após 1º de janeiro de 2023.

Alertas dos ex-comandantes

De acordo com as oitivas, Freire Gomes teria alertado Bolsonaro sobre as consequências, mencionando a possibilidade de prisão do presidente caso ele insistisse na tentativa de golpe.

Posicionamento da defesa de Bolsonaro

Diante das acusações, a defesa de Bolsonaro negou qualquer envolvimento em atividades ilegais e reiterou que, durante sua gestão, o ex-presidente sempre respeitou os limites legais e constitucionais.

Ao Metrópoles, ele afirmou que discutir possibilidades previstas na constituição “não é crime”.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca