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domingo, novembro 24, 2024

Pior momento da pandemia no Brasil ainda está por vir, afirma diretor da OMS

PolíticaPior momento da pandemia no Brasil ainda está por vir, afirma diretor da OMS

O pior nível de contágio pelo novo coronavírus no Brasil ainda está por vir, declarou nesta segunda-feira (1º) o diretor-executivo da Organização Mundial da Saúde (OMS), Michael Ryan. 

De acordo com ele, o descontrole de transmissão da covid-19 no país o coloca entre os líderes em aumento de casos diários, o que torna impossível prever quando a situação atingirá seu pior momento.

“Claramente a situação em alguns países sul-americanos está longe da estabilidade. Houve um crescimento rápido dos casos e os sistemas de saúde estão sob pressão”, declarou Ryan.

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Em números absolutos, o Brasil é o segundo país com mais casos no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos – 514.849 casos oficializados pelo governo brasileiro contra 1.797.457 pelo estadunidense, até os últimos balanços divulgados.

::Líderes em casos de covid têm governos conservadores ou demoraram a adotar isolamento::

O diretor ressaltou a ausência de abordagem científica relacionada à desigualdade e densidade urbana para explicar o descontrole em países como o Brasil. Outra vez, ele reforçou a necessidade de aliar decisões de desconfinamento a um programa de testagem eficaz, o que não ocorre por aqui.

“Houve respostas diferentes entre os países, e há bons exemplos de governos que adotaram abordagens científicas, enquanto em outros países vemos uma ausência ou uma fraqueza nisso”, disse Ryan.

Médicos brasileiros concordam

A grande maioria de médicos brasileiros (84,5%) considera, também, que a pior do coronavírus ainda não chegou no Brasil, conforme pesquisa da Associação Paulista de Medicina (APM) divulgada nesta segunda-feira. O questionário foi aplicado a 2.808 profissionais de redes públicas e privadas, entre os dias 15 e 25 de maio. 

Além disso, quase todos os entrevistados (96,6%) disseram acreditar que vai faltar profissionais para cuidar dos doentes por coronavírus no país. Entre eles, quase metade (46%) relatou que já falta mão de obra nas unidades em que atuam.

Edição: Rodrigo Chagas


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