Para o senador Jean Paul Prates (PT-RN), o cenário de otimismo é resultado de investimos governamentais na economia.
“No ano passado foi lançado o programa RN Cresce +: um plano multisetorial de incentivo à economia do Rio Grande do Norte. A governadora [Fátima Bezerra] lançou também um programa de refinanciamento de dívidas; mexeu com impostos para incentivar setores como hotelaria, comércio, empresas aéreas; e modernizou os incentivos empresariais, através do novo Proed”, destacou o parlamentar, que também citou o investimento em desburocratização e geração de 1.400 vagas de emprego no setor têxtil.
O senador alerta, no entanto, que todo o trabalho do governo estadual não é suficiente se não houver a colaboração do governo federal.
“As vacinas são o principal antídoto para a crise e para aumentar a confiança dos empresários. Veja o caso da China, por exemplo, que conseguiu crescer 2,3% no ano passado e já projeta crescimento de mais 6% para 2021. É sinal de que estávamos certos quando pregávamos que era necessário, primeiro, olhar para as pessoas, que orgânica e gradualmente a economia se recuperaria”, afirma.
Confira a seguir a fala do senador Jean Paul Prates.
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Resultados da Pesquisa
A gerente de Economia e Pesquisa da Fiern, Sandra Lúcia Barbosa Cavalcanti, atribuiu o crescimento do mês de fevereiro à construção civil. “Esse maior otimismo da indústria da construção se deve ao próprio desempenho do setor em 2020. O balanço do setor foi positivo, inclusive foi quem fez a diferença na geração de empregos tanto com carteira assinada, como em termos gerais”, afirma.
A pesquisa mostra que o ICEI da Construção passou de 52,7 para 54 pontos, de janeiro para fevereiro. No segmento da Indústria Extrativa e de Transformação, o índice ficou estável, com leve queda de 59,8 para 59,7 pontos. Ambos estão acima da linha divisória de 50 pontos, mostrando confiança dos empresários.
O Índice de Condições Atuais – que avalia a situação corrente dos negócios – recuou 2 pontos, e passou de 52,8 para 50,8 pontos, de janeiro para fevereiro. O indicador também permanece acima dos 50 pontos, indicando que há uma percepção de melhora dos negócios. Na comparação com fevereiro de 2020, esse índice caiu 8,6 pontos.
O Índice de Expectativas, por sua vez, aumentou 2 pontos, passando de 59,4 para 61,4 pontos e revela boas perspectivas para os próximos seis meses. Em comparação com fevereiro do ano passado, o indicador caiu 4,4 pontos.
O levantamento da Fiern também faz uma distinção do ICEI entre pequenas e médias/grandes empresas. No caso das pequenas, o indicador de confiança subiu 3,2 pontos, passando de 49,7 para 52,9 pontos, de janeiro para fevereiro. Já entre os médios e grandes empreendimentos industriais, o ICEI ficou praticamente estável: passou de 59,7 para 59,6, permanecendo no patamar de confiança. Na comparação com fevereiro de 2020, o índice das pequenas empresas teve retração de 6,3 pontos, enquanto que o das médias e grandes declinou 5,6 pontos.
Impactos da Pandemia
O presidente da Fiern, Amaro Sales de Araújo, destaca que a pandemia de Covid-19 no Brasil trouxe angústia para a indústria. Segundo ele, as medidas do governo federal, como a criação do auxílio emergencial e do programa de manutenção dos empregos – que permitiu a redução da jornada e do salário dos trabalhadores – tiveram impacto positivo sobre a economia.
Mesmo assim, a indústria potiguar enfrentou falta de insumos e matérias-primas e dificuldades de acesso a financiamento para capital de giro. Além disso, o setor teve saldo negativo de 710 empregos fechados até novembro, segundo dados da Fiern. A indústria extrativa de minerais, petróleo e gás foi a mais afetada.
Ele faz uma retrospectiva do ano de 2020 para a indústria do Rio Grande do Norte. “Em regra, o balanço anual (janeiro-outubro) ainda está abaixo dos níveis de produtividade, consumo de energia, negócios do mesmo período do ano anterior. Mas, também foi um período de aprendizado. Vamos tentar levar para o futuro as lições de 2020 para que, de alguma forma, continuemos a tentar melhorar em tudo”, espera.