A passagem do ex-presidente Lula pelos estados da região Sul do país continua sendo marcada por protestos. Depois de ter o palanque atingido por ovos, neste domingo (25), na cidade de São Miguel do Oeste (SC), o ex-presidente foi hostilizado, nesta segunda-feira (26), por moradores dos municípios paranaenses, Francisco Beltrão e Foz do Iguaçu.
Pela manhã, durante a passagem por Francisco Beltrão, a equipe de segurança do petista agrediu um repórter do jornal O Globo. A ataque ocorreu no aeroporto do município, durante o embarque de Lula para Foz do Iguaçu (PR). O segurança que desferiu um soco contra o repórter ainda não foi identificado.
Ainda em Francisco Beltrão, moradores gritaram palavras de ordem e pediram a prisão do ex-presidente. A passagem da caravana chegou a ser bloqueada no município, mas Lula conseguiu driblar os protestos, usando um carro particular.
Caravana de Lula pelos estados da região Sul
Em Foz do Iguaçu, Lula participou do Seminário Internacional da Tríplice Fronteira no Sindicato dos Eletricitários de Foz do Iguaçu (Sinefi).
Antes do evento, um grupo de manifestantes contrários ao ex-presidente, furou o bloqueio de cerca de 300 metros de distância, feito pela PM, e se aproximou da área onde estavam apoiadores do petista. A Polícia Militar do Paraná precisou usar bombas de gás lacrimogêneo para dispersar os manifestantes.
Ainda nesta segunda-feira (26), o Tribunal Regional Federal da 4ª região negou o recurso final da defesa do ex-presidente Lula contra a decisão do próprio tribunal que confirmou a condenação do petista, no caso do triplex do Guarujá, na segunda instância da Justiça.
Agora, apenas o julgamento de um habeas corpus preventivo no STF impede que o ex-presidente seja preso. A Suprema Corte deve analisar o caso no próximo dia quatro. Lula foi condenado a 12 anos e um mês por corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Em janeiro, o TRF4 confirmou o resultado da primeira instância da Justiça Federal, em sentença dada pelo juiz Sérgio Moro. Na segunda instância, ou seja, no TRF4, os desembargadores foram unânimes na confirmação da pena fixada pelo magistrado e estipularam que ela fosse cumprida imediatamente após o julgamento.