O plenário da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovou, nesta quarta-feira (20/09), a concessão do título de “Cidade de Relevância Paleontológica Estadual” a Itaboraí, devido à riqueza natural e grande visitação de estudantes, acadêmicos e pesquisadores ao Parque Municipal de São José de Itaboraí. Agora, o Projeto de Lei 1134/2023, proposto pelo deputado Guilherme Delaroli (PL), segue para avaliação do governador Cláudio Castro (PL), responsável por sancionar ou vetar a homenagem.
A riqueza natural tornou o Parque de São José de Itaboraí referência no campo de pesquisas, tanto na área mineralógica, quanto no ramo paleontológico.
“A Bacia de Itaboraí é o mais antigo registro brasileiro da fauna e flora fóssil continental que se desenvolveu, após a extinção dos dinossauros, no final do período Cretáceo”, afirma a doutora em Geologia pela UFRJ, Lílian Paglarelli Bergqvist.
“O parque funciona como uma bacia-escola e tem cumprido seu papel na formação de futuros profissionais, proporcionando a realização de aulas práticas das mais variadas áreas da geociência, por meio das rochas e fósseis que lá se encontram preservadas”, completa o mestre no departamento de geociências da Uerj, Luís Otávio Castro.
Para o deputado estadual Guilherme Delaroli, conferir a Itaboraí o título de “Cidade de Relevância Paleontológica Estadual” é uma maneira de valorizar não só a região, como também a atuação de estudantes e profissionais.
“O Parque Municipal de São José de Itaboraí tem grande relevância turística e científica, recebendo estudantes e acadêmicos que ministram aulas de campo e pesquisas. Além do grande apelo turístico da região, a sanção da lei pelo governador poderá dar ainda mais notoriedade a esse espaço de preservação e conhecimento para futuros pesquisadores”, destaca o deputado Guilherme Delaroli.