Aluguel desacelera no Rio de Janeiro e cidade tem menor alta no preço em quase um ano

Diário Carioca
Rio de Janeiro - Reprodução

Rio de Janeiro, 9 de junho de 2023 – O mercado residencial de aluguel no Rio de Janeiro segue desacelerando, com altas mensais mais modestas. Em maio, o preço médio do metro quadrado chegou a R$ 38,57, valor apenas 0,68% acima do registrado em abril. Apesar do aumento, foi a menor variação mensal no valor desde junho de 2022, quando o indicador subiu 0,56%.
 

Os números mostram que o setor imobiliário da capital vem registrando um ritmo de crescimento menor nos últimos meses. Não se trata de uma retração do setor, mas de uma redução da velocidade de expansão do mercado carioca. Nos últimos 12 meses, os preços dos novos aluguéis subiram 14,56%. Trata-se do menor percentual de crescimento observado no último ano.
 

Entre os tipos de imóveis monitorados pela pesquisa, somente os com um dormitório registraram valorização em comparação com abril (1,05%). Já aqueles com dois e três quartos registaram retração dos preços no mês passado, de -0,2% e -0,84%, respectivamente.
 

Segundo Vinicius Oike, economista do QuintoAndar, o fim da alta temporada de procura dos aluguéis, que acontece nos primeiros meses do ano, influenciou no movimento observado no Rio. Outro fator é a dificuldade de manter o mesmo ritmo de crescimento por um longo período. O preço do metro quadrado subiu nos últimos 21 meses no Rio.
 

“O mercado imobiliário carioca vem dando sinais de desaceleração desde o fim do ano passado. Com o fim da alta temporada de aluguéis, que geralmente acontece nos primeiros meses do ano, é natural que observemos uma demanda menor por imóveis para locação, o que pode impactar os preços”, ressalta Oike.
 

Com menos procura, os proprietários e imobiliárias podem estar mais dispostos a negociar e oferecer condições mais atrativas aos inquilinos, resultando em uma redução nos valores de aluguel. Dados do Índice QuintoAndar mostram que a diferença entre o preço do anúncio e o do contrato atingiu -14,09% no Rio, crescendo pelo segundo mês consecutivo. Isso significa que há mais espaço para negociar, mesmo com um cenário de preços elevados.
 

“Num cenário de mercado aquecido, era esperado que esse percentual diminuísse mês a mês, mas não é o que vem sendo observado. Os proprietários ainda têm aumentado os preços em geral, mas os contratos fechados não estão acompanhando essa alta. Isso significa que há espaço para se obter um desconto na hora de fechar negócio”, conclui Oike

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