Depois de passar quatro meses fechado, o Armazém do Campo reabriu as portas do casarão cor-de-rosa em que funciona na Lapa, no centro do Rio de Janeiro, nesta quarta-feira (14). Há quase três anos, o espaço de comercialização organizado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vende produtos orgânicos e agroecológicos de assentamentos da reforma agrária, empresas parceiras e pequenos agricultores.
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A reativação do espaço físico, após a concentração das atividades no serviço de delivery pautado nos pedidos online, foi possível com o avanço da vacinação contra a covid-19 na cidade – que atingiu o percentual de 67% da população adulta imunizada com a primeira dose nesta semana.
“Cada vez mais sentimos a necessidade do retorno da loja em pleno funcionamento e que as pessoas tenham essa referência de alimentação saudável e solidariedade. Por isso também retornamos com o funcionamento da loja com as portas abertas e a possibilidade das pessoas retornarem aos poucos a frequentar o espaço”, conta Ruth Rodrigues, coordenadora política do Armazém do Campo RJ.
Mesmo com o avanço da imunização, a loja está funcionando com base nos protocolos de segurança contra a covid, como a obrigatoriedade do uso da máscara, a higienização das mãos com álcool em gel para manusear os produtos e o distanciamento entre os clientes.
O espaço está funcionando com base nos protocolos de segurança contra a covid-19 / Divulgação
Com a reabertura do espaço físico, as entregas em domicílio continuam a funcionar através de encomendas e abarcam o centro, a zona Zul, alguns bairros da zona Oeste e zona Norte da capital, além de toda a cidade de Niterói, na região metropolitana. Os pedidos podem ser feitos pelo WhatsApp e pelo novo site, inaugurado nesta semana.
O novo horário de funcionamento do Armazém do Campo RJ é de quarta a sábado, sendo que durante a semana, de quarta a sexta, o atendimento se concentra das 10h às 17h30. Já no sábado, o horário é das 10h às 15h30.
Campo e cidade
O Armazém do Campo teve as atividades iniciadas no Rio de Janeiro em setembro de 2018 com o objetivo de escoar a produção de alimentos do MST no estado. Estabelecido em diversas capitais do país, a rede de lojas pretende aproximar a população do debate sobre a alimentação saudável no dia a dia.
Para Ruth Rodrigues, o espaço tem o papel fundamental para criar uma ponte entre o campo e a cidade ao introduzir a discussão sobre a necessidade da reforma agrária no país, além de tornar acessível alimentos agroecológicos, não transgênicos e sem agrotóxicos para a população em geral.
“O Armazém convida todas as pessoas a se alimentarem com comida de verdade, a discutirem as pautas ambientais e também a solidariedade. Com cooperação e organização das famílias assentadas e acampadas do estado e das cooperativas nacionais além do apoio das pessoas tem sido possível estabelecer esse projeto”, conclui.
Edição: Mariana Pitasse