Ativistas erguem 164 pares de calçados em Copacabana para denunciar feminicídios no Rio

Diário Carioca
Foto: Ag Brasil

No calçadão da Praia de Copacabana, 164 pares de sapatos femininos alinhados contam a triste história de vítimas de feminicídio no Rio de Janeiro.

A iniciativa, liderada pelo coletivo Levante Feminista RJ, busca sensibilizar a sociedade para a crescente epidemia de violência contra as mulheres.

Essa ação, realizada no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, destaca números alarmantes de feminicídios no estado, refletindo um problema nacional.

O que você precisa saber:

  • Ação em Copacabana denuncia feminicídios no Rio, representando 164 vítimas da violência de gênero.
  • Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública indicam aumento de 2,6% nos feminicídios no primeiro semestre de 2023.
  • Pesquisa Nacional de Violência contra a Mulher revela que 30% das mulheres brasileiras já sofreram algum tipo de violência doméstica.
Rio de Janeiro - Mulheres protestam em Copacabana contra violência e feminicídio - Foto Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro – Mulheres protestam em Copacabana contra violência e feminicídio – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Crescimento Alarmante nos Números:

  • No primeiro semestre de 2023, o Brasil registrou um aumento de 2,6% nos casos de feminicídios, totalizando 722 vítimas.
  • Os casos de estupro cresceram ainda mais, alcançando um aumento de 14,9%, com 34 mil registros, equivalendo a um a cada oito minutos.
Rio de Janeiro - Protesto em Copacabana lembra mulheres vítimas de feminicídio - Foto Fernando Frazão/Agência Brasil
Rio de Janeiro – Protesto em Copacabana lembra mulheres vítimas de feminicídio – Foto Fernando Frazão/Agência Brasil

Mulheres Negras:

  • Pesquisa da Anistia Internacional destaca que mulheres negras representam 62% das vítimas de feminicídio.
  • Raquel Matoso, do Movimento Negro Evangélico, ressalta a vulnerabilidade das mulheres negras, especialmente lésbicas e trans.

Diversidade de Violências:

  • Ativistas destacam que a violência contra a mulher abrange diferentes formas, incluindo agressões físicas, psicológicas e assédios.
  • Levantamento em parceria com a Uber revela que três em cada quatro mulheres já sofreram algum tipo de violência em deslocamentos, como cantadas e olhares insistentes.
Protesto lembra mulheres vítimas de feminicídio, em Copacabana, no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
Protesto lembra mulheres vítimas de feminicídio, em Copacabana, no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Educação e Conscientização:

  • A ativista Marta Moura enfatiza a importância da educação para identificar e combater a violência contra a mulher.
  • A sindicalista Keila Machado destaca a necessidade de ensinar desde jovem sobre as lutas das mulheres e a importância da igualdade de gênero.

Desafios e Leis:

  • Monica Benicio, vereadora carioca, aponta a existência de leis de referência, como a Lei Maria da Penha, mas destaca a necessidade de atualizações e eficiência.
  • A falta de autonomia financeira é apontada como um desafio, pois muitas mulheres enfrentam violência mesmo sob medidas protetivas.

Com Informações da Agência Brasil

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca