Base cartográfica da região metropolitana do Rio é atualizada, após 43 anos

Diário Carioca

Após 43 anos, a base cartográfica dos 21 municípios da região metropolitana do Rio de Janeiro foi atualizada. O último levantamento datava de 1975.

A base cartográfica traz dados como relevo, hidrografia e quadras ocupadas nas áreas urbanizadas, além de representações fotográficas de uma região da superfície terrestre, na qual todos os elementos apresentam a mesma escala, livre de erros e deformações, chamadas ortofotos.

A base atualizada mostra, por exemplo, novas obras, como o Arco Metropolitano, autoestrada que liga os municípios de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, a Itaguaí. A via foi construída recentemente por meio de parceria entre os governos federal e estadual e a iniciativa privada.

O estudo, desenvolvido pela Fundação Ceperj – órgão de estatística e pesquisa do estado do Rio de Janeiro, faz parte do Programa de Fortalecimento da Gestão Pública e Desenvolvimento Territorial Integrado – Rio Metrópole, financiado pelo Banco Mundial. Além da base cartográfica, estão previstos o desenvolvimento do plano diretor metropolitano e do sistema de informações da região.
A cartografia foi o primeiro trabalho desenvolvido em escala grande, de 1 por 2 mil, usando as técnicas avançadas de aerolevantamento, e os arquivos setoriais para serem usados em softwares de sistema CAD.

Os dados cartográficos ajudam a entender a migração da população, de que forma as áreas estão sendo ocupadas e também poderão ser usados na elaboração de políticas públicas para a região metropolitana, que concentra 70% da população  do estado e é responsável por até 75% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma de todas os bens e serviços do estado.

“São 40 anos. É muita coisa para um espaço extremamente dinâmico”, disse o coordenador de Geociências da Fundação Ceperj, Marcos Antonio Santos.

“Você tem, obrigatoriamente, que ter um olhar diferenciado para essa região e estar sempre atento à dinâmica que ocorre internamente dentro desse espaço”, afirmou Santos, e evitar “uma drenagem de populações de outras regiões do estado menos dotadas de serviços, como já ocorreu no passado, para a região metropolitana”.

Uma segunda fase do trabalho prevê a conversão dos arquivos para possibilitar análises espaciais.

No momento, a fundação está captando recursos para a modernização de sua plataforma, visando a disseminar pela internet os dados da base cartográfica.

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