Braga Netto reconhece promoção de Rivaldo Barbosa mas nega ter indicado

Diário Carioca
General Braga Netto - Foto: Reprodução

A defesa de Walter Braga Netto, ex-candidato à vice na chapa de Jair Bolsonaro em 2022, respondeu às acusações sobre seu suposto envolvimento na nomeação de Rivaldo Barbosa como chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, em 2018.

Segundo a Polícia Federal (PF), Barbosa é suspeito de planejar o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, crime que chocou o país na época.

De acordo com os advogados de Braga Netto, a indicação de Rivaldo Barbosa para o cargo foi uma decisão puramente administrativa, realizada durante o período em que Braga Netto liderava a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro. A defesa enfatiza que a Polícia Civil estava subordinada à Secretaria de Segurança Pública na época, e as nomeações eram de responsabilidade do secretário, que na ocasião era o general Richard Nunes, indicado por Braga Netto.

Nota da defesa do general Braga Netto. Reprodução
Nota da defesa do general Braga Netto. Reprodução

Segundo a defesa, as ações administrativas durante a intervenção eram assinadas pelo interventor federal, que, neste caso, era o governador na área da segurança pública no RJ. Braga Netto foi nomeado interventor pelo então presidente Michel Temer em 2018, e posteriormente ocupou os cargos de ministro da Defesa e da Casa Civil do governo Bolsonaro.

A operação que prendeu Rivaldo Barbosa, o deputado federal Chiquinho Brazão e seu irmão Domingos Brazão foi deflagrada por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF). Os três são suspeitos de serem os mandantes do crime. A federalização do caso ocorreu após a delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, apontado como executor dos assassinatos, e agora a investigação está sob responsabilidade do STF, sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.

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Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca