O Chafariz dos Golfinhos, instalado na Praça Paris, na Glória, voltou a funcionar nesta quarta-feira (8/11), após mais de dois meses em manutenção. O chafariz estava parado desde 2017 e havia sido religado no dia 2 de setembro, mas não chegou a ficar uma semana em atividade. Alvo de vandalismo em três ocasiões – uma delas em agosto, ainda no período de teste, e duas em setembro, depois de voltar a funcionar –, teve furtados mais de 300 metros de cabos e o comando elétrico inteiro. O prejuízo aos cofres públicos ultrapassou R$ 10 mil, sem levar em conta a mão de obra.
A recuperação do Chafariz dos Golfinhos foi feita pela Prefeitura do Rio, por meio da Secretaria Municipal de Conservação, sob um investimento de cerca de R$ 95 mil – o serviço incluiu a troca do comando elétrico, das bombas de água e dos cabos de energia. Inaugurado em 1929, o chafariz é composto por três névoas circulares, duas próximas à borda e outra central, e quatro golfinhos que jorram água – feitos em argamassa, os golfinhos são réplicas dos existentes nos jardins do Palácio de Versailles, na França.
Para tentar coibir os furtos, foi instalada uma câmera de monitoramento que fica 24 horas voltada para a casa de máquinas do chafariz e conectada ao Centro de Operações Rio (COR). O secretário de Conservação, Marco Aurelio Regalo de Oliveira, ressalta que as autoridades competentes também foram acionadas. “A Prefeitura investe e a Conservação zela pelos monumentos e chafarizes, mas é preciso que as pessoas nos ajudem a combater o vandalismo, que causa prejuízo e destrói bens que pertencem a toda a cidade”, diz ele.
Em duas ocasiões, câmeras do COR gravaram a ação dos criminosos. Além de fazer o registro das ocorrências, os técnicos da Prefeitura do Rio entregaram as imagens às autoridades policiais, que são responsáveis pela investigação dos casos de furto e vandalismo. “O Centro de Operações possui um espaço exclusivo de monitoramento no maior videowall da América Latina. Isso reforça a importância e o cuidado que temos com os monumentos cariocas, obras que contam um pouco da história da nossa cidade. O trabalho não pode parar por aqui e a nossa intenção é aumentar a quantidade de câmeras assim que for possível”, destaca o chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Marcus Belchior.
Infelizmente, o vandalismo no Chafariz dos Golfinhos não é um caso isolado de danos a esse tipo de patrimônio carioca. O chafariz da Praça Saens Peña, na Tijuca, foi vandalizado ao menos duas vezes após ter sido recuperado, em 2021. Já os nove chafarizes da Avenida Princesa Isabel, em Copacabana, tiveram a casa de máquinas arrombada e precisaram de reparos dias depois de serem religados, em 2022.