A proibição do uso de celulares na rede municipal de ensino do Rio acompanha o que foi estabelecido no Colégio São Vicente de Paulo, no Cosme Velho, que durante reunião do seu Conselho Pedagógico, em dezembro de 2023, decidiu adotar tal medida já a partir deste ano letivo.
A decisão é baseada no relatório de monitoramento global da educação de 2023, da UNESCO, que atesta a falta de curiosidade e bem-estar, instabilidade emocional, além do aumento de casos de ansiedade e diagnósticos de depressão entre os estudantes.
“A maioria das questões de descumprimento das normas disciplinares institucionais nas salas de aula, pelos estudantes, advém do uso indevido de aparelhos celulares, smartwatches e tablets. A partir de agora, caberá ao próprio estudante depositar o aparelho celular e demais dispositivos eletrônicos em espaço específico, estabelecido pela escola, desligado ou ligado em modo silencioso e sem vibração. Eles serão retirados após as atividades ou entre os turnos”, explica o coordenador acadêmico, André Chaves.
Chaves reitera que o apoio da comunidade educativa é fundamental neste momento e requer envolvimento e persistência. No entanto, ele considera que a medida teve ótima aceitação dos pais desde seu anúncio, no final do ano passado. “Os familiares reagiram muito bem. Tivemos inúmeras mensagens, parabenizando o colégio. A aprovação dos docentes também foi praticamente integral”, diz o coordenador.
Além de todos os malefícios causados pelo uso da tecnologia no ambiente escolar, o colégio considera que desta forma será possível usufruir do que a escola oferece de melhor: a possibilidade de conviver e de construir relações.
Prefeitura do Rio amplia decreto nas escolas públicas municipais
O uso de celulares em sala de aula já estava proibido nas escolas públicas municipais do Rio desde 2023. Agora, o novo decreto impede também que eles utilizem os aparelhos no recreio e nos intervalos.
Sobre o Colégio São Vicente de Paulo
Fundado em 1959, o Colégio São Vicente de Paulo acredita na educação pautada por uma excelência acadêmica que tem como motivação maior a formação do indivíduo íntegro e integral, que ajuda no desenvolvimento de sujeitos autônomos, críticos, conscientes, questionadores e comprometidos com mudanças, sempre a favor da sociedade.
O lema “Ajudar a Formar Agentes de Transformação Social” significa, acima de tudo, ter ao final da educação básica jovens habituados a participar do processo educativo e a exercer sua cidadania nas atividades acadêmicas, com espírito crítico, responsabilidade e sensibilidade para as causas sociais com sólida competência acadêmica.
A educação libertadora é uma ferramenta essencial que impulsiona o estudante a ter consciência de si mesmo e de todos os que estão ao seu redor (Projeto Político-Pedagógico).