A Secretária de Estado de Administração Penitenciária (Seap) tem um déficit de dois mil policiais penais. A informação foi passada pela secretária da pasta, Maria Rosa Nebel à Comissão de Servidores Públicos, da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), durante audiência pública realizada, nesta quinta-feira (17/11), para debater os concursos públicos do órgão que ainda estão em aberto (2003, 2006 e 2012).
Maria Rosa destacou que é intenção da Seap reforçar o quadro de servidores com o maior número possível de candidatos aptos. “Temos um déficit de dois mil policiais penais. Há locais em que há 3.500 privados de liberdade para cinco inspetores. Contamos hoje com cinco mil policiais penais, dos quais 2.800 estão na atividade fim. Temos trocado o pneu do carro com ele andando. Em breve divulgaremos um cronograma, que irá incluir o teste de aptidão física (TAF), o exame de saúde e a investigação social. Nossa intenção é absorver todos os candidatos aptos”, afirmou.
O presidente da comissão, deputado Rodrigo Amorim (PTB), demonstrou preocupação com a disponibilidade de recursos para o processo de investidura nos cargos. “Já conversei com o presidente do Parlamento, deputado André Ceciliano (PT), sobre a possibilidade de o Fundo Especial da Alerj custear o TAF e o processo de chamamento. Também apresentei reservas ao orçamento na Lei Orçamentária Anual (LOA 2023), através de emenda parlamentar, para que haja recursos, e não esbarremos na questão orçamentária”, declarou.
O assessor especial do governador Cláudio Castro, Márcio Garcia, garantiu que é desejo do governo reforçar a Seap. “O governador demonstra vontade de dar continuidade a todos os concursos públicos em aberto. Precisamos de novos quadros na polícia penal. Precisamos resolver as questões de forma definitiva, inclusive, para caminharmos para novos concursos para a Seap”, afirmou.