Conforme a tendência de crescimento da corrente de comércio nacional – que no acumulado do primeiro semestre de 2022 somou US$ 349 bilhões, alta de 25% –, o fluxo internacional fluminense avançou 31% (US$ 39,1 bi), em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, o Rio de Janeiro se manteve na segunda posição em maior valor entre as unidades da federação, representando 11% do total do país.
Os dados constam na última edição do Boletim Rio Exporta, produzido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). Destaques para o desempenho da indústria do estado do Rio nas exportações, com aumento de 34%; elevação de 25% nas importações; e superávit de US$ 10,1 bilhões no saldo comercial no acumulado de 2022.
Leia o Boletim Exporta Rio na íntegra em: https://firjan.com.br/rioexporta
As exportações de produtos Manufaturados tiveram alta de 32% (US$ 3,5 bi), com crescimento de 61% da indústria de Metalurgia (US$ 2,6 bi), puxado pelo avanço de 2.107% de fio-máquinas, barras de ferro e aços (US$ 71 mi) e de 251% de produtos laminados planos de ferro ou aços (US$ 342 mi). Já as importações saltaram 25% (US$ 14,5 bi). A indústria de Produtos farmoquímicos e farmacêuticos (US$ 831 mi) elevou suas compras externas em 81%, principalmente devido ao aumento de 1.429% nas aquisições de medicamentos para medicina humana e veterinária provenientes da China (US$ 176 mi).
Ganhou visibilidade no período a indústria de Outros Equipamentos de Transporte, exceto Veículos Automotores (US$ 3,2 bi), com alta de 25% no acumulado anual. Reflexo da ampliação de 224% das importações de motores e turbinas de aviação vindos dos Estados Unidos (US$ 1 bi).
Júlio Talon, presidente da GE Celma, atribui esse resultado ao reaquecimento do mercado de aviação em nível global. “Uma vez que somos uma empresa eminentemente exportadora, tendo 95% de todo volume de trabalho vindo de fora do Brasil, estamos sendo beneficiados. Soma-se a isso o fato de que, nos últimos nove meses, nossa carteira ganhou novos clientes, movimentando ainda mais os negócios que nos motivam estimar que, ao longo dos próximos meses, teremos perspectivas positivas, com forte tendência de crescimento”. Segundo Talon, também presidente da Firjan Serrana, a GE Celma é forte player, em nível global, ocupando o segundo posto de exportador e importador do estado.
Óleos brutos
Coordenador da Firjan Internacional, Giorgio Rossi ressalta ainda a atuação da indústria de petróleo, gás e naval, com forte peso na economia fluminense. “Com relação ao comércio de óleos brutos de petróleo, as exportações totalizaram US$ 18,6 bi, com crescimento de 34%. “A China (US$ 7,3 bi) permaneceu como o principal destino, com 39% de participação. Quanto às importações de petróleo (US$ 1,8 bi), o aumento foi de 62%, com Arábia Saudita seguindo como principal fornecedora (US$ 1,7 bi), responsável por 95%”, ressalta.
A força da indústria do petróleo fluminense e nacional pôde ser conferida com a realização da Rio, Oil & Gás, entre os dias 26 e 29 de setembro, considerada a maior feira do setor na América Latina. Durante quatro dias, a feira reuniu mais de 350 empresas de óleo e gás nacionais e internacionais, além da presença de mais de 40 mil visitantes.
Leia o Boletim Exporta Rio na íntegra em: https://firjan.com.br/rioexporta