A deputada estadual Mônica Francisco está trabalhando para a retomada das obras do Hospital Estadual da Mãe, em São Gonçalo. A construção da unidade de saúde foi interrompida em 2013, e o esqueleto do prédio permanece abandonado. Por meio de indicação legislativa, protocolada ontem (10/3) na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), o mandato da deputada está solicitando ao governo do Estado que dê continuidade à obra.
Segundo dados do próprio sistema estadual de saúde, São Gonçalo registra a segunda maior taxa de mortalidade materna da Região Metropolitana do estado, ficando atrás apenas de Duque de Caxias (279,8). Enquanto o índice de mortalidade materna na Região Metropolitana, em 2021, é de 164,1 para cada cem mil nascidos vivos, a cidade do Rio de Janeiro, no mesmo período, registrou 154,2. Já em São Gonçalo a taxa de mortalidade materna foi de 213,2.
“O Hospital da Mãe pode melhorar o atendimento às gestantes, ajudando a reduzir a quantidade de morte materna. Além disso, todo o dinheiro público já investido terá sido jogado no lixo, caso não entreguem a unidade de saúde à população. O hospital também é importante para regiões vizinhas, uma vez que ajudaria a desafogar o atendimento de municípios do entorno”, argumenta Mônica Francisco.
A unidade de saúde aliviaria o atendimento na maternidade municipal, em Alcântara, que realiza quase mil partos por mês, e na UPA do Colubandê, próxima de onde seria o novo hospital. Gestantes de áreas próximas, como Niterói, Maricá, Itaboraí e Tanguá, que atualmente sofrem com a falta de leitos e de estrutura dos hospitais existentes, também encontrariam no Hospital da Mãe uma opção de atendimento.
Segundo o plano inicial, a unidade de saúde contaria com cinco andares, com mais de 100 leitos, sendo um com 36 leitos dedicados exclusivamente para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal, 14 consultórios, salas de pré e pós-parto e espaços para parto normal e cesariana, além de área para observação dos recém-nascidos