A deputada estadual Renata Souza, do PSOL-RJ, solicitou ao Ministério Público investigação sobre a operação policial que resultou em uma chacina no Complexo da Maré, Zona Norte do Rio de Janeiro, deixando quatro pessoas mortas.
O que você precisa saber
- Renata Souza pede investigação ao Ministério Público sobre a chacina na Maré.
- Operação do Bope deixou quatro mortos e afetou serviços básicos na comunidade.
- Representação destaca violações de direitos e pede revisão dos protocolos de ação policial.
Operação Policial e Chacina
A operação do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) na quinta-feira (11) resultou na morte de quatro pessoas no Complexo da Maré. Relatos de moradores indicam que houve “assassinatos por arma de fogo de 3 pessoas e uma quarta morte por falta de atendimento médico”.
Impacto na Comunidade
O fechamento de duas unidades de saúde devido ao tiroteio afetou cerca de 500 pessoas. Uma das vítimas fatais, um homem de 61 anos, não recebeu atendimento médico a tempo devido à operação policial. Escolas e comércios também foram afetados durante a operação, com o fechamento de 22 escolas na região.
Reações e Protestos
A ONG Redes da Maré protestou contra a violência policial, destacando que a operação impediu a chegada de ambulâncias ao local. A ausência de respeito à ADPF das Favelas também foi criticada.
Violência Policial e Direitos Humanos
A representação de Renata Souza ao Ministério Público destaca a ocorrência recorrente de violações de direitos em operações policiais nas favelas do Rio de Janeiro. Desde 2019, foram apresentadas 39 representações ao MP-RJ sobre violações de direitos humanos em operações policiais no estado, sendo 8 delas relacionadas à Maré.
Pedido de Investigação e Revisão
A deputada solicita ao Ministério Público que fiscalize e averigue se a operação policial respeitou os princípios constitucionais. Além disso, pede uma revisão dos protocolos de ação policial para garantir a segurança e os direitos da população.
Diante dos relatos de invasão de residências sem mandado judicial, Renata Souza reforça a inviolabilidade do domicílio prevista na Constituição Federal e pede uma atuação rigorosa das autoridades para garantir os direitos dos cidadãos.