Deputados esperam fim das investigações do Caso Marielle em até dois meses

Diário Carioca

As investigações sobre a morte da vereadora carioca Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, seguem em sigilo. Porém, o coordenador da Comissão Externa da Câmara, que acompanha as investigações, deputado Jean Wyllys, espera que o caso seja solucionado em até dois meses.

“O prazo é esse: 60 dias. Decorridos os 60 dias ou mais, a gente então vai se reunir para ver se toma providências de federalizar, de transferência de competência dessas investigações.”

Na semana passada, a comissão ouviu defensores públicos e entidades da sociedade civil, como a Central Única de Favelas e o Meu Rio, ligados à defesa dos direitos humanos. Segundo o deputado Jean Wyllys, o Ministério de Direitos Humanos vai destinar aproximadamente R$ 7 milhões de recursos extras ao Programa de Proteção à Testemunha.

Além disso, o parlamentar afirmou que negociações estão sendo feitas para que parte dos recursos federais destinados à intervenção, cerca de R$ 1,2 bilhão, sejam usados na política de proteção de defensores de direitos humanos e testemunhas.

O colegiado também já se reuniu com o chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, o interventor federal para Segurança Pública no Rio, general Braga Netto, e o secretário de Segurança Pública do Estado do Rio, general Richard Nunes.

O assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista ocorreu em 14 de março. O deputado Glauber Braga, relator da comissão externa que acompanha as investigações, aguarda uma resposta rápida de quem investiga o caso.

“Quando o ministério se manifestar publicamente mostrando que as investigações avançaram de fato, e que se conseguiu determinar respostas para esses questionamentos, aí nós poderemos, num primeiro momento, dizer que o trabalho coordenado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro teve resultado.”

Marielle Franco era socióloga e militante dos direitos humanos e foi assassinada a tiros quando voltava de um debate sobre a participação política de jovens negras. Até o momento, nenhum suspeito foi preso pelo crime.

Reportagem, Cintia Moreira

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