O conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), Domingos Brazão, viu seu patrimônio crescer significativamente ao longo de oito anos, com um aumento de 2.300% entre 2002 e 2010.
Esse crescimento, conforme apontado pelo relatório final da Polícia Federal, coincide com sua entrada na política em 1996, passando de cerca de R$ 209 mil para R$ 5 milhões declarados.
O que você precisa saber
- Domingos Brazão teve um crescimento patrimonial de 2.300% entre 2002 e 2010, período em que ingressou na política.
- Relatório da Polícia Federal revela análise embasada em dados apresentados pelo próprio político à Justiça Eleitoral.
Evolução patrimonial e investigação
Segundo a PF, os dados analisados foram apresentados pelo próprio Domingos Brazão à Justiça Eleitoral, revelando um aumento patrimonial de aproximadamente 300% entre 2006 e 2010, sem considerar a correção pela inflação. Em 2006, ele declarou possuir crédito da compra de um apartamento, além de outros bens imóveis. Em 2010, suas declarações incluíam diversos bens, como imóveis e terrenos, com destaque para um apartamento na Barra da Tijuca avaliado em R$ 2 milhões.
Empresas e denúncias
O relatório da PF descreve minuciosamente as empresas ligadas à família Brazão ao longo dos anos, incluindo atividades suspeitas relatadas pelo Disque-Denúncia, como um suposto desmanche de veículos roubados na sede de uma empresa relacionada a Brazão. Além disso, há menção a situações envolvendo empresas do ramo alimentício com um sócio que recebeu auxílio emergencial, o que levanta suspeitas de possível uso de laranjas.
Autuação por sonegação fiscal e defesa
Em 2007, Domingos Brazão foi autuado pela Receita Federal por sonegação fiscal, no valor de R$ 130 mil. Sua defesa nega qualquer envolvimento nos crimes mencionados no relatório da PF, destacando que as denúncias e acusações ainda estão sendo analisadas pelas autoridades competentes.