Ex-vereador Cristiano Girão é preso por suspeita de envolvimento em dois homicídios

Diário Carioca

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu o ex-vereador Cristiano Girão na manhã desta sexta-feira (30), em São Paulo, onde ele reside atualmente. O outro alvo da ação é o PM reformado Ronnie Lessa, que já está preso pela morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.

A operação desencadeada pela polícia ocorreu após a descoberta de um duplo homicídio com o envolvimento de Girão e Lessa. A descoberta aconteceu a partir do depoimento de testemunhas e por uma pesquisa feita no Google por Lessa sobre notícias das mortes do casal André Henrique da Silva Souza, o Zóio e Juliana Sales de Oliveira ocorridas em 2014.

O assassinato ocorreu no bairro da Gardênia Azul, na zona Oeste da capital fluminense. O casal estava em um Honda Civic, dirigido por André Henrique quando foi interceptado por um Fiat Dobló, branco, de onde foram feitos vários disparos de armas de fogo. De acordo com depoimentos, Ronnie Lessa executou o crime a mando de Cristiano Girão.

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De acordo com o portal G1, informações que constam da investigação revelam que na época do crime, a Gardênia Azul vivia uma disputa territorial após a prisão de Girão. E a vítima, André Henrique, era um miliciano de Campo Grande, na zona Oeste da cidade, que tentava dominar a região.

No dia 19 de julho, o ex-vereador foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) pelo crime. Ele estava em um presídio de segurança máxima fora do Rio de Janeiro na época dos assassinatos de André e Juliana, mas, segundo o MPRJ, de lá ainda controlava a quadrilha.

A defesa de Cristiano Girão afirmou que “causa estranheza” a prisão do ex-vereador sete anos após o crime, mas vai protocolar um habeas corpus ainda nesta sexta-feira (30).

Quem é Girão?

Cristiano Girão Matias foi vereador do Rio pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN), hoje não tem mais filiação partidária. Em 2009, foi condenado por chefiar a milícia da Gardênia Azul, em Jacarepaguá, zona Oeste do Rio, e perdeu o mandato. 

Depois de ficar preso por oito anos, cumprindo pena por formação de quadrilha, ele foi beneficiado por um indulto em agosto de 2017 e está em liberdade condicional desde então. Girão cumpriu a maior parte da pena nos presídios federais de Campo Grande, em Mato Grosso do Sul e, por último, em Porto Velho, em Rondônia.

Edição: Jaqueline Deister


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