Foi um sucesso a 22ª edição do seminário “Fala, Comunidade! Ano 2023”, idealizado pelo Centro de Promoção da Saúde (Cedaps), e que aconteceu no hotel Atlântico Prime, no Centro do Rio de Janeiro. O evento, que abordou a prevenção de IST/HIV e os cuidados com outras doenças, como tuberculose e hanseníase, deu início às comemorações dos 30 anos do Cedaps.
Desde 2019, por conta da pandemia, o ‘Fala, Comunidade!’ não era realizado presencialmente, sendo que a edição deste ano ocorreu de forma híbrida, com transmissão online ao vivo. O auditório do hotel ficou lotado durante os dois dias, contando com a presença de lideranças, jovens moradores de comunidades, profissionais de saúde pública e organizações não governamentais no âmbito da saúde, não só do Rio de Janeiro, mas também de outras partes do Brasil.
Os mestres de cerimônia do primeiro dia foram Hugo Sabino e Juliano Gonçalves Pereira, integrantes da Rede Jovens Construtores, programa implementado pelo Cedaps no Brasil. Focando no público jovem, trouxeram uma reflexão sobre a continuidade de políticas públicas em favelas, aldeias e quilombos. A ideia foi potencializar as ações dos jovens e multiplicar essas ações sociais, adquirindo autonomia e confiança, contribuindo também para o fortalecimento do ativismo e do controle social.
Entre os destaques, a palestra de José Adriano Marinho, assistente social que atua na Guarda Municipal da Prefeitura de Santo André na formação de profissionais em temáticas como machismo e violência contra a mulher. Ele falou sobre o tema “Homens pelo fim da violência contra mulheres”, baseado na lei 11.340/06, popularmente conhecida como Maria da Penha.
No fim do dia, Katia Edmundo, diretora-executiva do Cedaps, abordou o lançamento de publicações da instituição e outras em colaboração com parceiros, e mostrou um vídeo contando um pouco da história dos 30 anos, emocionando a todos no auditório.
O segundo e último dia foi aberto por Wanda Lucia Guimarães, cofundadora do Cedaps, assistente social e membro da equipe de coordenação geral da instituição. Ela lembrou o caminho percorrido desde a primeira edição do ‘Fala, Comunidade!’ até este ano.
“Começamos em salas pequenas, submetendo projetos para o seminário, que foi crescendo e ganhando estrutura. Durante todos esses anos, colecionamos experiências com gente que faz coisas muito bonitas e importantes na luta pela saúde, pelo coletivo e vendo o tanto de riqueza em todos esses trabalhos. Nosso objetivo aqui é trocar experiência, se conhecer e se conectar e conseguimos. Estamos felizes com a repercussão do evento e de tudo que conquistamos até hoje com bastante luta e mobilização”, disse.
Durante todo o dia, lideranças comunitárias se reuniram em mesas e rodas de conversa sobre estratégias de mobilização para prevenção e cuidado da tuberculose, hanseníase e IST/HIV.
Entre as palestras, destaque para Gil Casimiro, da equipe da coordenação geral de prevenção e vigilância do Departamento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (DATHI), do Ministério da Saúde, que falou sobre a alta concentração da epidemia do HIV em públicos como gays, travestis, pessoas que trabalham com sexo, usuários de drogas, mas lembrando que é uma doença que pode afetar a todos.
Um painel apresentou dados recentes sobre filantropia nas periferias, elaborado pela iniciativa PIPA. Os convidados representaram iniciativas comunitárias de norte a sul do Brasil. Indígenas, mulheres ribeirinhas, quilombolas, moradores de favelas e periferias de centros urbanos se juntaram neste seminário.
O encerramento contou com uma atração cultural: apresentação da banda Inclusom, do projeto Conexão Escola, com crianças de comunidades da Ilha do Governador, no Rio.
As palestras estão disponíveis nos canais:
Facebook: https://www.facebook.com/cedapsbrasil
Youtube: https://www.youtube.com/@CEDAPSBrasilOficial
