O Detro não fornecerá mais reboques para operações que não sejam do próprio órgão. O anúncio foi realizado, nesta segunda-feira (25/09), durante audiência pública realizada pelas comissões de Combate à Desordem Urbana; Transportes; e de Segurança Pública da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).
A decisão ocorre após fiscalizações realizadas pelos deputados Alan Lopes (PL), Rodrigo Amorim (PTB) e Filippe Poubel (PL) em blitzes e pátios de veículos apreendidos, nos quais foram identificadas irregularidades que prejudicam e oneram os cidadãos fluminenses.
Os deputados, que integram a Comissão de Combate à Desordem Urbana da Alerj, cobraram explicações durante a audiência pública, e voltaram a relatar que estão recebendo vídeos e reclamações em seus gabinetes sobre abusos cometidos nas blitzes de trânsito.
“São dezenas de denúncias e mensagens de apoio ao trabalho da comissão. Estamos cumprindo a nossa obrigação de fiscalizar. Somos funcionários da população e seguiremos firmes porque ainda tem muitas máfias que lesam os cidadãos de bem e que precisam ser combatidas”, afirmou o deputado Filippe Poubel.
Durante a audiência pública, a vice-presidente do Detro, Eneida Ferreira da Silva Paz, disse ter ficado surpresa quando a empresa APL informou não possuir reboques, mesmo sendo contratada para prestar o serviço de remoção de veículos apreendidos.
Diante disso, a representante do Detro comunicou a decisão do órgão de não mais participar de operações vias contratos e convênios utilizados pela APL e outras empresas que operam os pátios para onde são levados os veículos apreendidos.
“Fomos tão surpreendidos quanto os deputados. Vamos oficiar as empresas que não haverá mais remoção via APL ou contrato Detro em nenhum convênio ou acordo de cooperação técnica existente, apenas em operações do Detro”, afirmou a vice-presidente Eneida Paz.
“Demos um duro golpe na máfia dos reboques com a suspensão do contrato. O próximo passo é o estatuto das blitzes, que será entregue essa semana nas mãos do governador. Depois, confeccionaremos uma cartilha para os cidadãos, que será um manual que cada motorista terá para, quando for abordado em uma blitz, saber quais são os seus direitos e deveres”, adiantou o presidente da Comissão de Combate à Desordem Urbana, deputado Alan Lopes.
“Estamos desbaratando uma organização criminosa que por anos vem lesando os cidadãos no Estado do Rio. Essa máfia de reboques vai acabar e os responsáveis terão de responder à polícia e à justiça porque a Comissão de Combate à Desordem Urbana está mobilizada”, concluiu o vice-presidente, Rodrigo Amorim. Também integram o colegiado e estiveram presentes à audiência pública os deputados Guilherme Delaroli e Índia Armelau, ambos do PL.