Em discurso nesta terça-feira (11) no Plenário da Câmara, o deputado federal Paulo Ganime (NOVO-RJ) reprovou duramente o convite feito pelo recém-reeleito governador Cláudio Castro ao ex-governador Luiz Fernando Pezão para assumir a presidência do Instituto Rio Metrópole. Pezão foi condenado a 98 anos de prisão por corrupção e está impedido de trabalhar em qualquer órgão ligado ao governo do Rio. A Rio Metrópole é responsável por conduzir as políticas públicas da região metropolitana.
“Torço pelo sucesso do nosso estado, mas se continuarmos na mesma história é difícil acreditar nisso. Eu já denunciava nos debates e na campanha, que a reeleição do Cláudio Castro representava a perpetuação da má política e dos grupos políticos que foram responsáveis pela destruição do nosso estado. Pezão é um dos cinco governadores presos no Rio nos últimos anos. Não há vontade de ruptura do atual governo com as gestões passadas que tanto mal causaram à população fluminense. A intenção é perpetuar tudo de errado que se instalou há décadas no estado do Rio. Como teremos resultados diferentes fazendo as mesmas coisas de sempre?”, afirma Ganime, que luta por uma ruptura dessa política nefasta no Rio.
Ganime criticou ainda o uso de bilhões de reais arrecadados com o leilão da Cedae, que foram injetados nos municípios fluminenses para angariar apoio político. “O apoio político é natural, saudável, legítimo, mas não usando um dinheiro, que deveria ser aplicado para melhorar a realidade do Rio de Janeiro, com o objetivo de garantir a reeleição de um governo”, avalia o parlamentar.
O deputado afirmou ter muito orgulho de ter representado a possibilidade de uma renovação na política do Rio. “Pelo menos para quase 450 mil eleitores, eu representei a esperança de uma nova gestão pública. Infelizmente, muitos alegaram que não votariam em mim com medo da vitória do segundo colocado por tudo que representava na política. Espero que esse medo seja suplantado nos próximos anos. Que a gente possa conduzir a política brasileira pela convicção do que é melhor e não pela outra opção do que é o menos pior”