Impopularidade de Cláudio Castro cresce no Rio de Janeiro

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Impopular na capital, governador busca alianças para sufocar candidatura de Eduardo Paes - Antonio Cruz/Agência Brasil

Uma pesquisa recente do instituto Prefab Future, realizada na capital fluminense, mostra que a impopularidade do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), vem crescendo desde que deu início ao seu segundo mandato.

O que você precisa saber:

  • 59,8% dos entrevistados no Rio não aprovam a gestão de Castro.
  • A avaliação positiva do governador vem caindo desde março deste ano.
  • A força de Castro está no interior do estado, enquanto o prefeito Eduardo Paes é popular no Rio.
  • O candidato de Castro à Prefeitura do Rio, Alexandre Ramagem, está em segundo lugar nas pesquisas, atrás de Paes.

Segundo o Prefab Future Pesquisas, 59,8% dos entrevistados no Rio ouvidos presencialmente entre os dias 16 e 18 de novembro não aprovam a gestão de Castro, contra 24,2% que aprovam o governo e outros 16% que não souberam avaliar.

A enquete mostra, ainda, uma deterioração da figura e da gestão do governador, desde o início da medição, em março deste ano, até agora. Na comparação, a avaliação positiva de Castro vem apresentando declínio: 40,3% aprovavam em março, 25,9% em agosto e 24,2% aprova a gestão agora.

Já em relação aos índices negativos na popularidade da gestão de Cláudio Castro, 51,4% não apoiavam em março, 58,1% avaliou o governo de forma negativa em agosto e agora são 59,8%. Apesar de não ter havido alteração tão significativa nos índices negativos, o governador perdeu adesão de quem o apoiava, indo de 40,3% para 24,2%.

Para o cientista político Juliano Borges, a pesquisa reflete um cenário exposto no resultado das eleições do ano passado, quando Castro e reelegeu governador. O Rio foi o município onde ele teve margem de vitória mais apertada (49%) na disputa com Marcelo Freixo (Psol).

“A força de Cláudio Castro está no interior, isso tem relação com as alianças que ele fez com as prefeituras do estado. A aprovação eleitoral dele é resultado do fato dele ter se mostrado bastante hábil na construção de apoios sólidos de prefeitos da Baixada Fluminense, por exemplo. E os recursos da venda da Cedae se reverteram para a campanha dele por meio de obras que o aproximaram da população”, analisa Borges.

O cientista político chama a atenção para o fato de Castro nunca ter sido uma figura popular, ao contrário do prefeito Eduardo Paes, que é conhecido do eleitorado e tem popularidade e engajamento nas redes sociais.

“Ele era um vereador e o governo do estado caiu no colo dele. É uma carreira meteórica, que pegou carona no bolsonarismo, com quem depois ele manteve uma aproximação segura. Não abraçou, mas também não negou”, avalia o pesquisador.

Fator Eduardo Paes

Recentemente, Cláudio Castro anunciou como seu candidato à Prefeitura do Rio o deputado federal Alexandre Ramagem (PL), ex-delegado de polícia e diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) no governo de Jair Bolsonaro (PL).

A estratégia é uma tentativa de estrangular a candidatura do atual prefeito Eduardo Paes à reeleição. Na pesquisa induzida do Prefab Future (quando são apresentados aos entrevistados os pré-candidatos), Paes dispara na frente dos demais, com 35,2% da preferência, seguido por Tarcísio Motta (Psol), que tem 6,3%; Ottoni (MDB), 4,8%; Marcelo Queiroz (PP), 4,5%; e Ramagem, com 2,7%.

Nos bastidores das reuniões de alianças que envolvem também as tratativas com compensações na eleição para a Prefeitura de São Paulo, tanto Queiroz quanto Ottoni podem desistir da disputa no Rio. Ottoni vem sendo sondado para ser vice de Ramagem, o candidato de Cláudio Castro.

Conclusão:

A pesquisa do Prefab Future Pesquisas mostra que a impopularidade de Cláudio Castro está crescendo no Rio de Janeiro. O governador enfrenta um desafio para reeleger-se, principalmente em razão da popularidade do prefeito Eduardo Paes.

Com informações do Brasil de Fato RJ

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