MC PQD é preso por associação ao tráfico no Rio de Janeiro

Diário Carioca
José André Ferreira Costa Júnior, o MC PQD — Foto: Reprodução

O funkeiro José André Ferreira Costa Júnior, conhecido como MC PQD, foi preso na noite desta sexta-feira (20) por associação ao tráfico de drogas. A prisão foi realizada pela Polícia Civil do Ceará e do Rio de Janeiro.

O cantor, que tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça cearense, foi preso na Avenida Brasil, na altura da Penha, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Ele estava a caminho de um show em um baile funk.

Segundo a Polícia Civil do Ceará, PQD é integrante do Comando Vermelho (CV), a maior facção criminosa do Rio de Janeiro, que tem ramificações no Nordeste.

O relatório da Draco cearense a que a TV Globo teve acesso afirma haver “conteúdo criminoso relevante” nas redes sociais do funkeiro. “MC PQD, também chamado de ‘malandrex’, ‘paizão’ e ‘relíkia’, posta fotos suas e de seus parceiros municiados com armas longas e com colete à prova de balas”, escreveu a Draco.

“Percebe-se, nos comentários de suas postagens, que sua imagem está frequentemente vinculada a símbolos associados ao CV, tais como bandeiras vermelhas, trem, o gesto formado com os dedos indicador e médio, o número ’02’ e o termo ‘trem bala’, elementos simbólicos do Comando Vermelho, especialmente difundidos no Rio de Janeiro”, descreveu.

Algumas das músicas de PQD citam a “Tropa do Mantém”, um grupo armado, de acordo com a polícia cearense, “conhecido pelo enfrentamento às polícias e a rivais de outros grupos criminosos”.

“Não é segredo que o Comando tá dominando a cidade. Cada tiro com precisão. Bala tem direção, e o que tem pra verme também tem pra alemão. Pode avisar que a bala vai comer. A qualquer hora, qualquer lugar e qualquer missão”, canta em uma de suas músicas.

“No site SoundCloud, onde o cantor possui uma conta verificada, MC PQD publicou um ‘medley’ em homenagem aos integrantes do CV no Ceará”, acrescentou a Draco daquele estado.

“O teor de suas publicações (repletas de ostentação financeira e bélica), além de estimular a prática de crimes, reforça a ideologia presente nas facções criminosas ao propagar o respeito e obediência às lideranças, enfrentamento aos grupos rivais, confronto com as polícias, atuação criminosa rotineira, punição aos delatores e guerra por conquista de território visando ampliar o lucro obtido do narcotráfico”, destacou.

Share This Article
Follow:
Equipe de jornalistas, colaboradores e estagiários do Jornal DC - Diário Carioca